Hepatite B

A hepatite B só pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue específicos para essa hepatite viral. Os testes rápidos para hepatite B estão disponíveis na rede pública e todas as pessoas não vacinadas adequadamente e com idade superior a 20 anos devem procurar uma unidade básica de saúde para fazer o teste rápido para hepatite B.

A hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte. Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir.

As hepatites virais representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São doenças infecciosas causadas por diferentes vírus, que têm em comum o tropismo primário pelo tecido hepático. Nem sempre a infecção por esses vírus apresenta sinais e sintomas, mas quando presentes, incluem frequentemente febre, fraqueza, mal estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, perda de apetite, urina escura, icterícia (olhos e pele amarelados) e fezes esbranquiçadas.

Transmissão

 

A hepatite B é transmitida pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), sêmen e secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear ou depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e fumadas (crack).

Pode ocorrer a transmissão também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise, transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. Estima-se que 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas com o vírus da hepatite B (HBV).

 

Prevenção

A principal forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível nas salas de vacina do Distrito Federal, nas unidades básicas de saúde. As doses são aplicadas em todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para as crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente).

Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo se dá com aplicação de três doses. Para população imunodeprimida deve-se observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas, disponibilizadas nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Outras formas de prevenção devem ser observadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.


Medicamentos Disponíveis:

  • Alfapeginterferona 2a 180mcg

  • Entecavir 0,5mg

  • Tenofovir 300 mg


Onde Conseguir:

  • Hospital Dia

  • Policlínica de Planaltina

  • Policlínica de Taguatinga

  • Policlínica do Gama

  • Policlínica de Ceilândia

  • Farmácia Escola do HUB


Documentos específicos para ter acesso aos medicamentos:

  • Documento de identificação

  • Cartão do SUS

  • Formulário de solicitação de medicamentos – Hepatite B
  • Formulário de solicitação de medicamentos preenchido de forma completa, com assinatura e carimbo do médico – é necessário a informação do número do SINAN para novos pacientes

  • Ficha de notificação preenchida (para pacientes provenientes de serviços privados)


Notificação Compulsória

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória regular. Todos os casos confirmados devem ser notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em até sete dias. Portanto, é de extrema importância que qualquer profissional do serviço público de saúde público ou privado notifique os casos de hepatites B e C por meio da Ficha de Investigação Hepatites Virais.

Apesar de ser uma doença de notificação compulsória desde 1998, a subnotificação da doença é um problema frequente no Distrito Federal, sobretudo na rede privada. Ainda nos deparamos com profissionais de saúde que informam desconhecer a ficha e a necessidade da informação.

A notificação das hepatites e demais doenças de notificação compulsória é uma ferramenta de extrema importância para fornecer informações sobre a doença em nosso território, subsidiando o processo de tomada de decisões, com vistas a contribuir para a melhoria da situação de saúde da população.

Ressalta-se a importância do correto e completo preenchimento da ficha, não deixando campos ignorados ou em branco, pois isso prejudicará a análise da situação epidemiológica da doença.

 

Fluxo de notificação hepatites virais

 

Todo profissional que diagnosticar um caso de hepatite deve proceder com o preenchimento da Ficha de Notificação do Sinan, independentemente de o paciente necessitar de tratamento, ou não.

Pacientes atendidos e acompanhados em serviços do SUS – profissional deve o seguir fluxo de digitação da ficha de notificação do serviço no Sina (UBS, núcleo de vigilância epidemiológica da APS, núcleo de vigilância hospitalar).

Pacientes atendidos e acompanhados em serviços privados – profissional deve preencher a ficha e encaminhar uma cópia para o e-mail vigilanciaist.df@gmail.com para digitação no Sinan.

Links para documentos:

Definição de caso casos para notificação de hepatites virais

Ficha de notificação hepatites virais

Instrutivo de preenchimento

Definição de caso casos para notificação de hepatites virais