Técnicos da Saúde ajudam mães com dificuldade em amamentar
Técnicos da Saúde ajudam mães com dificuldade em amamentar
Por Iêda Oliveira, da Agência Saúde DFAtendimento à Imprensa(61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Correções na postura e na pegada do bebê melhoram amamentação
Mães com dúvidas sobre amamentação devem procurar orientação de profissionais nos dez bancos de leite e dois postos de coleta da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. “Na unidade básica mais próxima de sua casa ou no ambulatório de amamentação dos bancos de leite humano e postos de coleta da rede há profissionais capacitados para orientar neste período”, informa a coordenadora de Aleitamento Materno e Bancos de Leite Humano da SES/DF, Miriam Santos.
Segundo a coordenadora, muitas mães acham que não vão conseguir amamentar e desistem logo no início do processo. Outras acreditam que não têm leite suficiente ou que as fissuras nos seios tornam esse ato o mais dos dolorosos. Nos bancos de leite os profissionais de saúde estão à disposição para orientar e corrigir posturas que, na maioria das vezes, são responsáveis pelas dificuldades encontradas.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação em crianças até dois anos ou mais, sendo exclusivo nos seis primeiros meses de vida. Um estudo da Organização Mundial da Saúde reforça ainda que o aleitamento materno como único alimento nos primeiros seis meses de vida (sem incluir outros líquidos), pode reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento.
Uma pesquisa do Ministério da Saúde conclui que a amamentação no peito, em quase todas as crianças brasileiras, é iniciada logo nas primeiras horas de vida, entretanto o período de amamentação é curto.
Benefícios
A amamentação proporciona uma série de benefícios tanto para a saúde da criança quanto para a mãe. Em relação à criança, há menor número de episódios de diarreia e infecções respiratórias; menor número de internações; menor risco de desenvolver alergias; além de ser o melhor alimento, em termos nutricionais, para o seu perfeito crescimento e desenvolvimento e, ainda, o mais barato; a criança que amamenta tem também menos chances de apresentar problemas com a mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala.
A amamentação reduz o risco de câncer de mama e ovário; ajuda na perda de peso após o parto; auxilia na recuperação do tamanho normal do útero, reduz riscos de hemorragias; e melhora o vínculo afetivo entre mãe e bebê. “É uma oportunidade ímpar de intimidade e troca de afeto que gera sentimentos de segurança, de proteção na criança e de autoconfiança e realização na mulher”, completa Miriam Santos.
Passos para uma amamentação correta
Como orientado pela especialista da Secretaria de Saúde, caso a mãe não consiga sucesso na amamentação, os profissionais dos bancos de leite estão capacitados para juntos (mãe e bebê) aprenderem a forma correta e mais confortável. A seguir, algumas dicas que facilitam a amamentação.
1. A mãe deve ter alimentação saudável e balanceada;
2. Deve procurar uma posição confortável;
3. Esvaziar um pouco a mama, caso esteja muito cheia para facilitar a “pegada” correta do bebê;
4. O bebê deve estar com a barriga totalmente voltada para a mãe;
5. A boca do bebê deve estar bem aberta, o lábio inferior precisa ficar virado para fora (boca de “peixinho”), e o queixo encostado no peito da mãe;
6. O bebê abocanha quase toda aréola (pele mais escura ao redor do bico do seio). Mas a parte de cima da aréola deve estar mais visível;
7. Após o término da mamada, a mãe deve elevar o bebê para arrotar.
Miriam Santos reforça que não existe tempo pré-estabelecido e de intervalos para as mamadas. A duração é por livre demanda, sendo guiada pelo bebê.
Essas dicas, além de permitirem uma amamentação de sucesso, previnem a dor e a tensão que algumas mães temem, provocadas pela “pegada” do bebê e posturas incorretas, que podem gerar o empedramento das mamas, fissuras no seio e mastite (processo inflamatório ou infeccioso nas mamas).
Para aquelas que acreditam ter pouco leite, a coordenadora esclarece que o que faz a produção do leite aumentar é a sucção da criança e a retirada do leite pela mãe. “Em caso de pouco leite, temos que avaliar a amamentação e verificar a sucção, apoiar a mãe e, em geral, a produção se estabelece e tudo se resolve”, afirma. De acordo com ela, é preciso ainda avaliar se a criança não esta utilizando artefatos como chupetas, bicos e mamadeiras, que atrapalham a amamentação e diminuem a produção de leite.
Excesso de leite e doação
Toda mulher que tem excesso de leite deve fazer a retirada e também a doação. “Quando esse leite fica retido no seio pode provocar o ingurgitamento e se não for manejado de forma correta pode acontecer a mastite”, explica Miriam.
Para doar a mulher deve utilizar algo para proteger os cabelos e a boca. A extração deve ser em um vidro de boca larga e tampa plástica previamente limpo e fervido por 15 minutos; lavar as mãos e os braços até o cotovelo; passar uma água nos seios e secar com um pano limpo. Em seguida, fazer massagem na mama, desprezar os primeiros jatos de leite e depois iniciar a extração do leite no vidro. Após, colocar o frasco no congelador e agendar a busca do leite em casa, entrando em contato com o número 160, opção 4.
A coordenadora reforça o alerta sobre a importância de doar o leite materno. “Existem muitas crianças nas UTI’s Neonatais necessitando desse alimento, que além de nutrir, transfere defesa contra doenças. Em geral, por algum motivo, as mães no momento não podem amamentar seus bebês, por isso necessitam de apoio de outras mulheres doadoras”.
Onde procurar ajuda - Bancos de Leite
O Distrito Federal conta hoje com 15 bancos de leite humano. Dez fazem parte da estrutura da Secretaria de Saúde, dois são da esfera federal e três da rede privada. Além disso, há três postos de coleta, dois pertencentes à SES/DF e um à rede particular. Em todos os bancos de leite e postos de coleta há também ambulatórios de apoio à amamentação.
O leite recebido nessas unidades é destinado a alimentar os prematuros, bebês de baixo peso e doentes internados nas unidades neonatais da rede e também bebês das unidades de cuidados intermediários.
Dados parciais, de janeiro a outubro deste ano, mostram que foram coletados mais de 13 mil litros de leite materno. Atualmente são 4.514 doadoras e 9.469 receptores (bebês) de leite materno. Em 2012, foram mais de dezessete mil coletas, 5.566 doadoras e 12.291 receptores.
A rede pública de saúde dispõe de bancos de leite nos Hospitais de Taguatinga (HRT), Materno Infantil de Brasília (HMIB), Asa Norte (HRAN), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRP), Gama (HRG), Santa Maria (HRSM), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz) e Paranoá (HRPa), além de postos de coleta em São Sebastião e Samambaia.
Telefones dos Bancos de Leite e postos de coleta:
BLH HRAN (Asa Norte) - 3325.4207
BLH HRAS (Asa Sul) - 3445.7597
BLH HRBZ (Brazlândia) - 3479.9643
BLH HRC (Ceilândia) - 3372.9652
BLH (Gama) - 3384.0337
BLH (Planaltina) - 3388.9794
BLH HRPA (Paranoá) - 3369.9980
BLH HRS (Sobradinho) - 3387.3993
BLH HRSM (Santa Maria) - 3392.6287
BLH HRT (Taguatinga) - 3352.6900
Posto de Coleta São Sebastião - 3339.1125
Posto de Coleta HRSam (Samambaia) - 3458.9811