13/08/2020 às 13h42

Previna-se contra o HPV e reduza as chances de contrair verrugas genitais ou câncer

Vacina está disponível na rotina das unidades básicas de saúde

LEANDRO CIPRIANO, DA AGÊNCIA SAÚDE DF

 

Movimento anti-vacina

  Para Indara Queiroz, apesar de o Distrito Federal ter sido pioneiro na vacinação anti-HPV, antes mesmo da introdução dela no calendário nacional de imunização pelo Ministério da Saúde, um dos principais fatores para a baixa cobertura vacinal tem sido que os adolescentes, público-alvo da vacina contra HPV, não procuraram as unidades de saúde habitualmente. Além disso, o movimento mundial anti-vacina nos últimos anos prejudicou não apenas campanhas relacionadas ao HPV, como também de outras doenças.   “Em 2017, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, lançou a campanha de vacinação nas escolas. Entretanto, muitos pais foram contra a vacinação, e estas campanhas foram gradualmente suspensas. A vacina também é ofertada na rede privada, porém a custos muitas vezes inacessíveis, ressaltando a importância da oferta em rede pública”, alerta a especialista.  
Apesar de o preservativo ser outra opção para proteger contra doença sexualmente transmissível, Indara Queiroz ressalta que esse método é relativamente eficaz contra o HPV. “Ele protege parcialmente, pois alguns condilomas podem ser transmitidos com o contato de partes genitais as quais o preservativo não alcança, como a base do pênis ou a vulva. Então, a melhor forma de prevenção continua sendo a vacina”, reforça.
 

Sintomas

Exames

  A melhor forma de saber se uma pessoa tem HPV é por meio de exames clínicos regulares que incluem observação da presença das verrugas e exames de rastreamento como o Papanicolau, disponível em todas as unidades básicas de saúde.   Outros exames específicos como a colposcopia e peniscopia são realizados a partir da identificação das lesões previamente mencionadas, e também encontram-se disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).