Difteria
A difteria é uma doença grave, transmissível, que se manifesta inicialmente como uma dor de garganta. No entanto, quando não tratada, pode levar à morte. A bactéria Corynebacterium diphtheriae, causadora da difteria, aloja-se frequentemente nas amígdalas, faringe, laringe, fossas nasais e, ocasionalmente, em outras partes do corpo, como pele e mucosas. A bactéria produz toxina que é responsável pelo agravamento da doença.
Sintomas:
É preciso ficar atento ao quadro de infecção aguda da garganta com presença de placas amarelo-acinzentadas ocupando as amígdalas e outras partes da garganta. Sintomas que podem estar presentes: dor de garganta podendo ser discreta, gânglios inchados no pescoço, palidez, fraqueza e a febre não é muito elevada, mas as temperaturas altas não afastam o diagnóstico.
Apesar de os sintomas parecerem brandos, é necessário buscar atendimento médico o mais rápido possível para evitar complicações como dificuldade respiratória, problemas cardíacos, neurológicos, renais, que podem levar à morte se não tratados a tempo.
Diagnóstico:
A identificação da bactéria é realizada por meio de exame laboratorial utilizando material coletado das lesões existentes (garganta, nariz, pele, região íntima). O teste é disponibilizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal. A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes da antibioticoterapia ou, no máximo, até três dias após seu início.
Tratamento:
A medida terapêutica mais eficaz na difteria é a administração do soro antidiftérico (SAD) que deve ser realizada em ambiente hospitalar. A finalidade do SAD é a inativação da toxina diftérica circulante no organismo o mais rápido possível. O uso de antibiótico é um tratamento auxiliar visando a destruição da bactéria e interrupção da produção de toxina. O tipo de medicamento e o esquema terapêutico ideal são preconizados no Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Transmissão:
Ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou portadora da bactéria (pessoa infectada com a bactéria, mas que não manifesta os sintomas) por meio de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. O indivíduo pode transmitir a doença por até duas semanas, mas o tratamento medicamentoso adequado reduz esse período para até 48 horas do início do uso do antibiótico.
Prevenção:
A forma mais eficaz de se combater essa doença é a prevenção por meio da vacinação.
As crianças devem realizar as três doses da vacina Pentavalente: aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida; dois reforços com a DTP: aos 15 meses e 4 anos de idade. Já os adultos devem tomar um reforço da dT a cada 10 anos. A vacina dTpa (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis acelular) deve é utilizada nas gestantes e, como dose de reforço, nos profissionais de saúde.
No Distrito Federal, todas as salas de vacina dispõem das vacinas contra a difteria. Deve ser observado o calendário vacinal de cada indivíduo
Doença de notificação compulsória:
Todo caso suspeito de difteria deve ser notificado, obrigatoriamente, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e informado diretamente à Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (GEVITHA) e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
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