Paralisia Flácida Aguda
A poliomielite (pólio ou paralisia infantil) é uma doença transmissível causada pelo poliovírus que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves, quando ocorrem as paralisias musculares, as pernas são os membros mais atingidos, deixando deficiência motora para toda a vida. Apesar de estar eliminada das Américas, a poliomielite ainda está presente em vários países do mundo. As baixas coberturas vacinais, os voos internacionais diários e os 15,6 mil km de extensão de fronteira com 10 países, deixa o Brasil em uma situação vulnerável para a reintrodução da doença.
Existe vacina que previne contra a poliomielite. O calendário de vacinação do Distrito Federal preconiza a vacinação com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de idade e reforço com a Vacina Oral Poliomielite (VOP) aos 15 meses e 4 anos de idade.
A vigilância epidemiológica da poliomielite se baseia na notificação dos casos de paralisia flácida aguda (PFA) em menores de 15 anos de idade, independentemente da hipótese diagnóstica de poliomielite, ou em indivíduo de qualquer idade, com história de viagem a países com circulação de poliovírus ou contato com pessoas que viajaram para estes países e apresentaram suspeita diagnóstica de poliomielite.
SINTOMAS
A infecção pelo poliovírus apresenta-se de diferentes formas clínicas, desde assintomática até o tipo que causa a paralisia muscular. A forma paralítica está presente em aproximadamente 1% das infecções e possuem características clínicas típicas destacando-se as seguintes:
- febre
- fraqueza muscular súbita, assimétrica, sobretudo acometendo membros inferiores
- diminuição ou abolição de reflexos profundos na área acometida, com sensibilidade preservada
- sequela da paralisia após 60 dias do início da doença
DIAGNÓSTICO
O exame para detecção do agente é realizado por exame laboratorial por meio do isolamento do vírus nas fezes coletadas do caso suspeito. O material é encaminhado ao laboratório de referência (FIOCRUZ/RJ) pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal. A coleta do espécime clínico deve ser realizada até 14 dias do início da deficiência motora.
TRANSMISSÃO
A transmissão se dá pela via fecal-oral, principalmente, ou pela via oral-oral, ou seja, contato direto com secreções eliminadas pela boca de doentes. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para a poliomielite. Todos os casos devem ser hospitalizados, procedendo-se ao tratamento de suporte, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Doença de notificação compulsória:
Todo caso de Paralisia Flácida Aguda deve ser notificado, obrigatoriamente, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e informado imediatamente à Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (GEVITHA) e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
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