"Salas Vermelhas" aceleram atendimento a pessoas com risco de morte
"Salas Vermelhas" aceleram atendimento a pessoas com risco de morte
Por Érika Bragança, da Agência Saúde DF
Nove mil pessoas foram atendidas nos últimos 12 meses
Os hospitais que contam com os Centros de Emergência, a Sala Vermelha gerenciada pelo SAMU-DF, já atenderam nove mil pacientes nesses últimos 12 meses. As salas trouxeram para o DF um atendimento mais rápido a pacientes em estado grave evitando lotação nos prontos-socorros. Uma das características que ajuda nesse processo é a regulação dos leitos pelo SAMU-DF para não acontecer da ambulância ir para unidades que já estão ocupadas. No total, são 33 leitos disponíveis no DF para essa população.
O Centro de Emergência trouxe para Brasília uma resposta imediata aos casos graves que são encaminhados por diversas demandas, principalmente pelo SAMU e Corpo de Bombeiros. O paciente em estado grave vai direto para a Sala Vermelha. Depois de estabilizado, é avaliado pelos médicos do hospital e segue para a área competente, de acordo com cada caso. O sistema de classificação de risco também prevê que os pacientes do pronto-socorro (atendimento de porta) passem por acolhimento, sejam triados e encaminhados às salas.
Essa é uma iniciativa pioneira no Brasil, é a primeira vez em que o SAMU deixa de fazer um atendimento apenas pré-hospitalar e passa a fazer o atendimento no âmbito intra-hospitalar. O Centros funcionam no Hospital de Base do DF, no Hospital Regional de Ceilândia que conta com quatro leitos e o Hospital Regional do Guará com cinco leitos.
Nessas unidades são realizados procedimentos especiais considerados invasivos, como ressuscitação cardiopulmonar, intervenção em caso de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ventilação mecânica e monitorização cardíaca. Os pacientes chegam pelas unidades móveis do Corpo de Bombeiros, SAMU-DF, unidades móveis de outros Estados, helicóptero e também por atendimento de porta.
Daniele Moreira, enfermeira assistente do Núcleo de Enfermagem do SAMU-DF, destaca que as salas foram um grande avanço para as emergências dos hospitais. “O corpo de servidores é próprio do setor, treinado especificamente para as salas. Antes não existia essa equipe. Isso ajudou a reduzir o tempo de atendimento e melhorar a assistência”, declarou.
Sobre a regulação, Daniele afirmou ser um diferencial no atendimento. “Com a regulação que é realizada também pelo SAMU-DF, os profissionais já sabem desde o primeiro atendimento de rua, até a unidade de saúde. A equipe fica preparada esperando o paciente sabendo das reais condições. Antes, ela atendia todo o pronto-socorro e corria para a sala de emergência quando o paciente chegava. Era um profissional sobrecarregado. Agora, o tempo é dedicado e exclusivo para isso”, afirmou.
Só o Hospital de Base possui dois centros que são especializados em Neurocardiovascular e Trauma. O primeiro é composto por três salas: a vermelha (para pacientes mais graves), a amarela (para casos de menor gravidade) e a intermediária. Ao todo são 11 leitos modernos, ligados a equipamentos de última geração, totalmente monitorados e com respirador. São destinadas ao atendimento de pacientes diagnosticados com Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
O Cetro de Trauma dispõe de três leitos de Unidade semi-intensiva, quatro leitos para politraumatizados graves (Sala Vermelha) e seis leitos para atendimento em geral (sala Amarela). Todos os equipamentos seguem padrões internacionais e contam com foco cirúrgico, gasômetro, ecógrafo, respiradores, monitores e aparelho de raios-X portáteis. São dez profissionais em cada equipe de plantão, um cirurgião geral, dois enfermeiros e sete técnicos em enfermagem.
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