27/03/2013 às 18h04

60 leitos de UTI serão abertos na rede pública em três meses


Unidades Intermediárias vão facilitar a liberação de vagas

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal abrirá no prazo de 90 dias, novos leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) para atender as demandas de pacientes que necessitam de cuidados e tratamento. O objetivo é diminuir o tempo de permanência, criar uma rotatividade nos leitos de UTIs e disponibilizar mais vagas de internação.

O subsecretário de Atenção à Saúde (SAS), Roberto Bittencourt, informa que a iniciativa faz parte de uma política nacional das UTIs no Brasil, criada pelo Ministério da Saúde com a finalidade de estabelecer uma rotatividade e oferecer mais leitos disponíveis nas emergências do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

A SES vai oferecer 20 leitos no Hospital do Paranoá (HRPa), 30 leitos no Hospital de Santa Maria (HRSM) e 10 no Hospital de Apoio, num total de 60 leitos, que servirão de retaguarda para os hospitais do Plano Piloto. Nas UTIs dos grandes hospitais, o tempo de permanência do paciente hoje varia de 15 a 40 dias,  impedindo a rotatividade.

“Com a abertura desses leitos, vamos fazer essa rotatividade de permanência cair para cinco dias e a seguir a transferência de permanência na UTI deverá acontecer em outras unidades de retaguarda, que servirão de apoio para melhor acesso de outros pacientes e mais vagas disponíveis em UTIs”, esclarece Bittencourt.

Cuidados intermediários

Ainda, como parte do programa, serão criados leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), destinados a pacientes que depois de liberados da UTI necessitam de observação mais rigorosa do que a oferecida em unidades de internação e enfermarias regulares. Serão implantados  26 leitos de UCI no HBDF, 25 leitos no HRSM e 10 leitos no HRG. “O programa da disponibilidade de leitos em UTIs na rede pública vai abrir vagas em leitos nas emergências de UTIs dos hospitais do Plano Piloto, agilizando o trabalho da Central de Regulação (Cisreg). Assim, vamos assegurar maior acesso e ganho de leitos com a transferência de pacientes de UTIs para UCIs, gerando uma rotatividade”, enfatiza Bittencourt.

Atualmente, a rede pública do DF conta com 324 leitos de UTIs e 77 leitos credenciados na rede privada. O custo diário de uma internação é de R$ 2,5 mil.“Quando assumimos a SES existiam apenas 203 leitos de UTIs. Em dois anos, criamos 121 leitos”, destaca Bittencourt.

Júlio Duarte