12/01/2022 às 12h08

Atenção primária fez 2,7 milhões de atendimentos individuais em 2021

Com 605 equipes de Saúde da Família, o DF tem hoje 68,4% do território coberto

JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF | EDIÇÃO: JOHNNY BRAGA | REVISÃO: JULIANA SAMPAIO

   

 

A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada para qualquer tipo de atendimento médico da rede pública de saúde. Pelas unidades básicas de saúde (UBSs), pelo menos 80% das demandas podem ser resolvidas sem que o paciente tenha que ir até uma emergência hospitalar.

 

Em 2021, a APS realizou quase 2.672.795 atendimentos individuais, mais de 1.765.000 deles para usuárias do sexo feminino e mais de 933 mil usuários, do sexo masculino. Além disso, ao longo de todo o ano passado, foram realizados mais de 5.284.960 procedimentos na APS, 28.860 atividades coletivas, além de 265.392 visitas domiciliares e 278.395 atendimentos odontológicos.

 

"Temos que destacar que, os investimentos em prol da expansão e qualificação da atenção primária não pararam de ocorrer, mesmo com a pandemia. Muito pelo contrário, a atenção primária do Distrito Federal mostrou a sua força e o seu papel no enfrentamento da pandemia, desde o início", ressalta o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno.

 

Atualmente, o Distrito Federal possui 605 equipes de Saúde da Família, cuja cobertura total do território é de 68,4%. Essas equipes são distribuídas nas 176 UBSs existentes.

Mais equipes, mais atendimentos

 

No início de 2021 a realidade era bem diferente, pois só existiam 484 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) credenciadas pelo Ministério da Saúde. Com a expansão e a formação de novos grupos, houve o pedido de ampliação em meados de 2020, que foi aprovado e publicado por meio da Portaria n° 45, de 20 de julho de 2021, permitindo o credenciamento de todas as equipes completas no território do DF.

 

Até o mês de novembro, foram credenciadas 594 equipes, isso significa que esse conjunto de profissionais de saúde tem previsão de despesa orçamentária pelo Ministério da Saúde com transferência do incentivo financeiro federal.

 

“O aumento gradual de cobertura de equipes na Atenção Primária, somado a equipes completas, propicia à população um amplo gama de serviços ofertados pela APS, que respondam àquilo que é necessidade de saúde da população, assim como possibilitem o acompanhamento ao longo do tempo das condições de saúde dos seus usuários”, explica José Eudes Barroso, coordenador de Atenção Primária à Saúde.

 

Além disso, ele destaca que as unidades básicas de saúde são serviços mais próximos às residências das pessoas, o que proporciona um acesso facilitado, organizado e com vínculo às equipes de saúde. De acordo com Eudes, sistemas universais de saúde precisam estar baseados na Atenção Primária, uma vez que este ponto de atenção organiza o cuidado de forma territorial.

 

“Isso possibilita uma abordagem integral à saúde das pessoas, uma maior resolutividades dos agravos de saúde e o encaminhamento criterioso a outros pontos de atenção quando houver indicação. A APS fortalecida diminui a sobrecarga assistencial nas portas das emergências hospitalares e de Unidades de Pronto Atendimento”, esclarece.

 

Fortalecimento da APS

 

Fortalecer a Atenção Primária evita também a fragmentação do cuidado, que pode acarretar problemas de saúde importantes e, possibilita maior conforto e satisfação da população por ser atendida próxima à sua casa por sua equipe de referência. No DF, há 1,68 milhão de pessoas cadastradas na Estratégia Saúde da Família.

 

"O fortalecimento da atenção primária reflete no aumento dos atendimentos e oferta de serviços, na manutenção de uma menor mortalidade infantil e, acima de tudo, na entrega da maior campanha de vacinação da história. O DF vai continuar crescendo e buscando uma Rede de Atenção à Saúde integrada, resolutiva e centralizada nas necessidades da população. Vale destacar que isso só está sendo possível graças ao compromisso e resiliência dos nossos profissionais de saúde", afirma Fernando Erick.

 

Apenas em 2021, foram inauguradas seis novas UBS, localizadas no Jardins Mangueiral, Riacho Fundo II, Paranoá Parque, Sobradinho II, Ceilândia e Planaltina. O investimento totalizou R$ 22,5 milhões.

 

Para 2022, a meta é atingir 100% de cobertura em áreas de grande vulnerabilidade. José Eudes explica que todo o DF tem uma UBS de referência, mas nem toda a população está cadastrada. “Ceilândia, por exemplo, tem 55% do território coberto por equipes de Saúde da Família, mas, se alguém que não estiver cadastrado precisar, na UBS de referência tem equipe disponível para atendimento de demanda espontânea”, explica o coordenador.