Atendimento ambulatorial desafoga emergências dos hospitais
Atendimento ambulatorial desafoga emergências dos hospitais
Serviço de referência atende pacientes classificados com as cores verde e azul
A Secretaria de Saúde possui seis pontos de atendimento ambulatorial ao paciente classificado com as cores verde e azul, após buscar os prontos-socorros da rede pública. O serviço de referência, que já funciona em Ceilândia, Sobradinho, Taguatinga, Gama, Brazlândia e Santa Maria, vêm contribuindo para descongestionar as emergências dos hospitais regionais dessas regiões. “Nessas unidades já podemos verificar uma redução drástica no fluxo de pacientes”, destaca a subsecretaria de Atenção primária da SES, Rosalina Aratani Sudo.
Os serviços ambulatoriais de referência aos pacientes verdes e azuis começaram a ser implantados em maio do ano passado, em Ceilândia, com o objetivo de desafogar a emergência do Hospital Regional. Lá, os pacientes, após passar pela classificação de risco, são encaminhados ao Ambulatório 2, localizado ao lado do HRC, que funciona com agenda aberta das 7h às 19h e atende cerca de mil pacientes por dia.
Em seguida, foram implantados os serviços em Sobradinho (na Casa Verde, ao lado do Hospital Regional), no Gama (no ambulatório do HRG), em Taguatinga (no Centro de Saúde 4, ao lado do HRT); em Brazlândia (no Centro de Saúde 2) e em Santa Maria, que também funciona no ambulatório do Hospital Regional. Está nos planos da SES criar um serviço semelhante no Centro de Saúde 12, da 208 Norte, para dar suporte ao pronto-socorro do HRAN ainda no primeiro semestre.
A medida, segundo Rosalina Sudo, se mostrou uma inciativa de sucesso porque, de acordo com levantamento do Sistema Único de Saúde, cerca de 75% dos pacientes que procuram os prontos-socorros dos hospitais não têm necessidade de atendimento de urgência ou emergência. “São casos sem gravidade, que deveriam ter buscado um atendimento ambulatorial, num centro de saúde ou na Estratégia Saúde da Familia”, disse.
De acordo com a subsecretária, já é possível perceber o resultado apenas visualizado o hall de entrada dos prontos-socorros. “O fluxo de pacientes nos serviços de emergência das regionais de saúde onde implantamos o ambulatório de referencia nas proximidades caiu pela metade”, salienta.
Classificação de risco
A classificação de risco é um processo de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Os objetivos da Classificação de Risco são avaliar o paciente logo na sua chegada ao pronto-socorro humanizando o atendimento, descongestionar o pronto-socorro, reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto o mais rápido de acordo com a sua gravidade. Serve também para determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades, conforme protocolo.
Celi Gomes