13/11/2012 às 16h50

Atividades na Rodoviária lembram Dia Mundial do Diabetes

No DF são cerca de 120 mil diabéticos

Nesta quarta-feira, 14, é o Dia Mundial do Diabetes, uma doença muitas vezes silenciosa e que já atinge cerca de 10 milhões de brasileiros. No Distrito Federal, 5,2% da população apresentam a doença. Para marcar a data e alertar a população sobre a doença, haverá atividades na estação do metrô da Rodoviária do Plano Piloto das 8h às 17h.

Durante o evento, promovido pela Associação de Diabéticos de Brasília com o apoio do Programa de Educação e Controle em Diabetes da Secretaria de Estado de Saúde, serão realizadas aferições de glicemia capilar para rastreamento do diabetes, orientações voltadas à educação, prevenção e monitoramento da doença, além de orientações nutricionais, odontológica e sobre os cuidados com os pés.

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), como resposta ao crescente número de casos em todo o mundo. Pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes no mundo e um alto percentual vive em países em desenvolvimento. Em 30 anos, este número deve chegar a 380 milhões. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia.

Diabetes é a incapacidade do pâncreas em produzir a quantidade de insulina necessária, provocando aumento anormal do açúcar ou da glicose no sangue. A doença pode causar algumas complicações como amputação de membros, cegueira, problemas renais e vem crescendo de forma alarmante.

Manter hábitos saudáveis de vida que incluem controle do peso, dieta alimentar balanceada, atividade física regular e ter controle periódico médico para regular os níveis glicêmicos são algumas medidas preventivas contra a doença.

Quem apresentar sintomas como vontade de urinar diversas vezes, cansaço inexplicável, muita sede, aumento do apetite, perda de peso, visão embaçada, câimbras, formigamento dos pés e infecções na pele deve ficar atento e procurar uma centro de saúde mais próximo de sua residência.

Atendimento na rede pública

O atendimento na rede da Secretaria de Saúde é de aproximadamente 58% de cobertura. “A nossa meta é chegar a 70%”, informa a coordenadora de Diabetes da SES, Hermelinda Pedrosa. A unidade de referência no DF, segundo ela, é o Hospital Regional de Taguatinga, mas há atividades em todas as regionais de saúde cuja complexidade de atendimento varia de acordo com a disponibilidade de recursos e estruturação.

A SES tem assistência pioneira em várias áreas de atendimento ao paciente com a doença, relata a médica. “Aqui foi implantado o primeiro ambulatório de pé diabético no Sistema Único de Saúde (SUS) com fornecimento de sapatos, palmilhas à população desde 1999”, destaca, acrescentando que há ainda a disponibilidade de insulinas especiais (análogos de ação longa e ultrarrápida, desde 2004).

Também é do DF o primeiro ambulatório de bomba de insulina do SUS, implantado no HRT (que fornece bomba de insulina desde 2008). A primeira lei para o diabetes - Lei Distrital 640-1994 - foi regulamentada no DF. Pela legislação ficam garantidos medicamentos e material para controle da glicose (tiras reagentes e glicosímetros). Em 2006, o Brasil passou a contar com a Lei Federal 11.347.

Celi Gomes