02/04/2018 às 21h15

Autismo não tem cura, mas tem tratamento

Na rede pública de saúde do DF, Caps, Coomp e Adolescentro recebem a demanda

BRASÍLIA (2/4/18) – Dificuldade na interação social e padrões repetitivos de comportamento. Essas são as principais características de quem tem autismo. Os próprios pais podem observar e identificar sinais que levem a uma investigação mais profunda.

"Os sintomas podem estar presentes desde as primeiras etapas do desenvolvimento, mas podem também não se manifestar até a demanda social exceder as capacidades da pessoa", explica a psiquiatra da Secretaria de Saúde, Fernanda Benquerer.

Para a questão a doença, não há cura. Mas com os recursos atualmente disponíveis, pode-se melhorar o funcionamento geral, inserção social e qualidade de vida das pessoas com autismo. "O tratamento depende muito da gravidade e das necessidades específicas da pessoa. A abordagem multidisciplinar tende a trazer os melhores resultados e o envolvimento da família é um aspecto essencial", destaca a psiquiatra.

DATANesta segunda-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de dezembro de 2007, com o intuito de alertar as sociedades e governantes sobre esta doença, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.

Na Secretaria de Saúde do DF, a data será lembrada nos dias 18 e 19 de abril, com um evento de capacitação para os servidores. Será o I Encontro de Conscientização do TEA.

ATENDIMENTO – Na saúde pública do DF, toda a rede de atenção psicossocial está apta a atender pacientes com transtornos do espectro autista (TEA). Para crianças e adolescentes, os Centros de Atenção Psicossocial Infantis (Capsi) são os serviços indicados para o acompanhamento multiprofissional. "Também o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro atendem às questões de saúde mental dos portadores de TEA", complementa.

Os adultos podem ser atendidos pelos Caps adulto. Além disso, ainda existem serviços voltados à reabilitação, sendo eles o Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER) e o Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal). "Já as situações de crise aguda devem ser encaminhadas às emergências dos hospitais gerais", complementa Fernanda Benquerer.