Câncer de ovário é segundo tumor ginecológico mais comum
Câncer de ovário é segundo tumor ginecológico mais comum
Este domingo, 8 de maio, é a data de conscientização da doença para alertar mulheres sobre os sintomas
Jade Abreu, da Agência Saúde-DF | Edição: Margareth Lourenço

Usuária deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para ser atendida com médico da família e ser encaminhada a um ginecologista. Foto de Arquivo: Tony Winston-Agência Saúde-DF.
Silencioso e perigoso, o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero, registram dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ainda assim, há desconhecimento sobre a doença. Para conscientizar as mulheres sobre os sintomas, 8 de maio foi estabelecido como o Dia Mundial do Câncer de Ovário.
A cirurgiã oncológica com ênfase em Oncologia Ginecológica Rayane Cardoso ressalta que a doença muitas vezes passa despercebida e quando a paciente tem algum sintoma, a doença está em estágio avançado. "É sinal de que se espalhou através da pelve e da região abdominal. Nessa fase, o tratamento costuma ser mais difícil", alerta a especialista.
Alguns dos sintomas são inchaço na barriga, um pouco de indigestão, alteração no hábito intestinal, tanto constipação quanto diarreia, náusea e aumento do volume abdominal. A doença é mais comum em mulheres a partir dos 60 anos.
Prevenção
A médica explica que são poucas oportunidades de prevenir o câncer de ovário, mas que há fatores possíveis de modificar, como adotar alimentação saudável, praticar atividades físicas e cessar o tabagismo. "Existem fatores genéticos associados, por isso a recomendação é que toda a paciente com câncer de ovário faça avaliação com geneticista".
Rayane reforça que é comum os sintomas iniciais serem ignorados pela paciente. "Um exemplo é a sensação de peso na pelve, algo bem específico, mas ela não procura atendimento médico".
A cirurgiã explica que o tratamento do câncer de ovário depende da extensão da doença, o que pode incluir cirurgia e quimioterapia. Ela ressalta que muitas vezes cistos no ovário são lesões benignas. "Só indicamos a retirada se causar desconforto à paciente ara o paciente, por não serem lesões pré-câncer", explica.
Atendimento
A usuária deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para ser atendida com médico da família e ser encaminhada a um ginecologista. Os exames e o tratamento são oferecidos na rede pública. O papanicolau não diagnostica o câncer de ovário. É um exame de prevenção para principalmente de câncer do colo do útero.