16/09/2013 às 13h57

Centro de Saúde nº 1 do Paranoá oferece Terapia Comunitária Integrativa

Acolhimento e roda de conversa são oferecidos à comunidade

O Centro de Saúde nº 1 do Paranoá oferece à comunidade, todas às terças-feiras às 8h e às 15h, sessões de Terapia Comunitária Integrativa. Durante as sessões, os participantes recebem o acolhimento e participam de rodas de conversa com as famílias da comunidade. Em média cada grupo tem 10 pessoas.

A terapeuta comunitária Telma Espanholo conta que os grupos são abertos à toda a população. “As famílias participantes do grupo da manhã geralmente são indicadas pelas escolas, que identificam alguma dificuldade nas crianças, já no grupo da tarde o público é mais homogêneo. Lembrando que a comunidade pode participar livremente dos dois sem a indicação”, explica.

Depois do acolhimento e as primeiras sessões as crianças, que tiverem a necessidade, são recomendadas para o tratamento homeopático oferecido. Os grupos são orientados pelos quatro profissionais, sendo duas terapeutas e dois voluntários. Outros profissionais também participam esporadicamente.

Terapia Comunitária Integrativa (TCI) – O que é?

A Terapia Comunitária Integrativa foi desenvolvida no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará sob a coordenação do antropólogo e psiquiatra, Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto. Define-se como uma abordagem centrada na saúde e não na doença, nas possibilidades e não nas dificuldades, tendo as competências de cada pessoa e de cada sistema como alavancas para a mudança de qualidade de vida. Apresenta-se como uma abordagem efetiva e promissora para a imensa demanda por serviços de atenção e cuidado.

Seus objetivos são:

  1. Valorizar e reforçar o papel do indivíduo, da família e da rede de relações para que possam descobrir seus valores e competências;
  2. Favorecer o desenvolvimento comunitário, prevenindo e combatendo as situações de exclusão dos indivíduos e das famílias por meio da restauração e fortalecimento dos vínculos sociais e afetivos;
  3. Tornar possível a comunicação entre as diferentes formas do saber popular e saber científico e intervir nas determinantes sociais da saúde, em especial na redução do estresse e ampliação do apoio social.

É bom destacar que a TCI não cuida da patologia, pois não se propõe como psicoterapia. A TCI apresenta, porém, grande potencial de prevenção para evitar psicossomatizações, ao acolher a dor e abrir um espaço para valorização do ser humano pela identificação afetiva com seus semelhantes.

Jaqueline Chaves