Com avanço da vacinação, brasilienses terão mais segurança para as festas de fim de ano
Com avanço da vacinação, brasilienses terão mais segurança para as festas de fim de ano
Mais de 500 mil pessoas precisam tomar a primeira, a segunda ou a dose de reforço
HUMBERTO LEITE, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF | EDIÇÃO: JOHNNY BRAGA
O período de festas de fim de ano, com confraternizações, viagens e encontros familiares poderá ser mais seguro no Distrito Federal caso os brasilienses façam a sua parte e completem o ciclo de vacinação contra a covid-19. Para isso, a Secretaria de Saúde aposta nas ações do Dia D, marcado para este sábado (20). Das 9h às 17h equipes vão trabalhar em 28 locais públicos e unidades de saúde para vacinar o maior número possível de pessoas.
Os detalhes foram apresentados hoje durante coletiva de imprensa bem como os pontos de vacinação que funcionarão neste dia.
De acordo com o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, já há planejamentos para um eventual impacto do período de festas nos índices de covid-19 no Distrito Federal.
A Secretaria de Saúde acompanha diariamente os índices locais e também a evolução da pandemia em outras partes do mundo, como na Ásia e na Europa, onde tem havido um aumento de casos. Porém, a situação pode permanecer positiva aqui caso a imunização continue a avançar.
"O enfrentamento da pandemia está diretamente relacionado ao desempenho da nossa campanha de vacinação", explicou o médico. "A grande estratégia é a vacinação, seja ela com qual marca for", completou.
Mais de 500 mil precisam se vacinar
Até o momento, mais de 4,3 milhões de doses foram aplicadas no DF. O ritmo permanece elevado, com uma média superior a 13 mil por dia: foram 92,6 mil só na última semana. Porém, segundo a Secretaria de Saúde, até hoje, cerca de 254 mil pessoas acima dos 12 anos de idade não tomaram a primeira dose e outras 300 mil podem receber a segunda dose, mas ainda não procuraram uma unidade de saúde.
No Dia D também haverá a aplicação de dose de reforço para idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde que receberam a segunda dose há pelo menos seis meses. Imunossuprimidos graves que tomaram a segunda dose há pelo menos 28 dias também serão contemplados. Quem estiver com a segunda dose fora do prazo também poderá comparecer.
O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, aproveitou a coletiva para convocar toda a sociedade, incluindo a imprensa, para que o Dia D seja marcado por um elevado número de vacinas aplicadas e pelo maior esclarecimento da população. "Todos nós temos o objetivo de ampliar a cobertura vacinal", afirmou. Segundo o gestor, hoje, 88% da população acima dos 12 anos de idade já tomaram a primeira dose e 72,23% receberam a segunda dose ou dose única, porém é necessário ampliar esses índices para aumentar a proteção contra a pandemia.
Prazo para a segunda dose
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, é fundamental que cada pessoa observe o prazo para a sua segunda dose: 28 dias (4 semanas) após a primeira, no caso da CoronaVac; e de 56 dias (8 semanas) para as marcas AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, independente da data prevista no cartão. Hoje, 18 de novembro, por exemplo, podem tomar a segunda dose quem recebeu a CoronaVac em 21 de outubro e quem tomou a AstraZeneca ou Pfizer em 23 de setembro. É o caso dos adolescentes de 13 anos de idade que tomaram a primeira dose a partir de 21 de setembro.
"Se nós conseguirmos trazer os jovens para a segunda dose, a gente pode chegar ao fim do ano com quase 80% de cobertura", explicou Divino Valero. Ele lembrou ainda que, além do Dia D, a Secretaria de Saúde disponibiliza diariamente locais para vacinação. "Não deu para ir no sábado? Vá na segunda, vá na terça. Mas vá", disse. A vacinação com a segunda dose pode ocorrer mesmo que a pessoa tenha perdido o prazo.
A lista de locais de vacinação é diariamente atualizada no site da Secretaria de Saúde.
Retomada de serviços de saúde
O aumento do número de pessoas vacinadas, a queda da ocupação dos leitos (hoje em 54,55% para leitos de UTI covid e 11% para leitos de suporte ventilatório) e a manutenção do índice de transmissão da doença abaixo de 1 (hoje em 0,70, o que indica desaceleração do número de contaminados) permitem agora que a Secretaria de Saúde reavalie o atendimento à população. "A gente tem a possibilidade de avançar em outras áreas que ficaram prejudicadas com a pandemia", disse na coletiva o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno.
Cirurgias eletivas e áreas como odontologia devem receber maior atenção à medida em que a covid-19 faz menos pressão sobre a rede de saúde pública. Outro desafio, enfrentado em todo o mundo, é reaproximar pacientes que se afastaram durante o período de restrições de atendimento. "A população ficou distante dos serviços de saúde e descontinuou tratamentos", explicou Fernando Erick Damasceno.
O secretário de Saúde, general Pafiadache, ressaltou os processos de aquisição de insumos para a rede pública e reforçou que o fechamento dos hospitais de campanha acontece com cautela, de acordo com a situação da covid-19 no DF. "Continuamos fazendo as análises, para se o caso, mudar a estratégia", afirmou.