31/12/2013 às 13h11

Consumo exagerado de comidas e de bebidas alcoólicas prejudica a saúde

Por Sheila Perru, da Agência Saúde DFAtendimento à imprensa(61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Festas de fim de ano são incentivo aos abusos

As festas de fim de ano são marcadas por presentes, comidas gostosas, confraternização e muitas bebidas alcoólicas. Ninguém consegue resistir a, pelo menos, uma taça de vinho. O problema é quando o consumo de álcool passa a ser excessivo.

“É no exagero que começam os problemas e se estragam as festas. As comidas gordurosas e os doces causam os distúrbios abdominais, as bebidas alcoólicas provocam todas as situações que conhecemos, agravam as doenças que a pessoa já tenha e muitas vezes, levam ao pronto socorro ou coisa pior”, avalia o médico generalista Guilherme Aroeira. Ideal é a pessoa controlar o consumo dessas coisas para garantir que o ano novo comece bem.

Nesses dias de quebrar regras e esquecer dietas, é possível conhecer os próprios limites do que seja “comer e beber socialmente”. Segundo publicação da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), uma “dose” corresponde a uma latinha ou 350 ml de cerveja, uma taça ou 90 ml de vinho ou 25 ml de destilados. O risco de desenvolver abuso ou dependência pode ser calculado pelo número diário de doses que a pessoa ingere. Uma dose, risco baixo; duas doses, risco médio; três doses, risco moderado; quatro doses, risco em crescimento; cinco ou mais doses, risco avançado.

Os efeitos do álcool no organismo são “tóxicos, lentos e cumulativos” sobre todos os tecidos e órgãos do corpo humano. Seu efeito mais visível é associado a grande parte dos acidentes e violências de todo tipo, tanto em área urbana como rural, mas isso não é tudo.

Doenças do fígado, coração, pâncreas e sistemas neurológicos atingem em maior número as pessoas que consomem álcool frequentemente, associado ou não ao fumo, e são agravadas com o incentivo ao consumo ocasionado pelas grandes festividades.

Nos sistemas neurológicos, o álcool provoca a diminuição da acuidade visual e da noção de espaço e direção que, no início, costuma parecer divertida ou irrelevante. Com o tempo, porém, esse efeito torna-se permanente e gradativo pela degeneração dos tecidos.     

Já o diabetes é responsável por amputações de membros inferiores, casos de cegueira e morte precoce. Ele pode ser controlado, mas pessoas com habitual consumo de álcool costumam se esquecer do autocuidado, da dieta adequada e até da medicação.