14/01/2021 às 16h04

Cultivo de funcho pela Farmácia Viva do Riacho Fundo I completa 10 anos

Planta medicinal começou a ser distribuída na rede de Atenção Primária em 2014 na forma de tinturaMikania laevigataMikania laevigataMikania laevigataPlectranthus barbatusFoeniculum vulgareCordia verbenaceaSymphytum officinaleLippia sidoides

JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF

   

O cultivo de funcho pela Secretaria de Saúde, por meio do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo I, está completando dez anos e, neste período, a planta passou por diversos estudos e se tornou um dos fitoterápicos distribuídos na rede de Atenção Primária do Distrito Federal pelas unidades básicas de saúde (UBSs).

 

Utilizado para tratar incômodos do trato intestinal, entre as indicações do funcho está o alívio sintomático da má digestão e de cólicas intestinais. Além disso, a planta medicinal evita a formação de gases e ajuda na eliminação deles.

 

“Hoje, a tintura de funcho é o único medicamento dispensado nas farmácias da Atenção Primária que possui indicações para tratar de gases e má digestão. É um medicamento com bastante eficácia e que agrada os usuários”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo I, Nilton Netto.

  De acordo com ele, em 2011 foi iniciado o cultivo do funcho pela Farmácia Viva. A planta medicinal não é oriunda do cerrado e, por isso, teve seu desenvolvimento observado. Depois das adaptações relacionadas ao cultivo e suas peculiaridades, além de estudos acerca dos seus princípios ativos, em 2014, a planta começou a ser utilizada como medicamento fitoterápico na rede.  

Em 2020 a Farmácia Viva do Riacho Fundo I colheu 15 quilos de funcho e produziu 1.136 unidades de tintura. “Pelo quantitativo as pessoas imaginam que 15 quilos é pouco, mas, na verdade, o funcho é bem pequeno e para juntar uma grande quantidade leva tempo”, afirma.

 

Processo de produção

 

Para produção da tintura do funcho, faz-se o plantio no mês de julho, o florescimento e surgimento dos frutos dá-se entre os meses de outubro a fevereiro. É realizada uma colheita semanal. Após colhido e processado, o funcho é colocado na estufa na temperatura de 45 graus, em que fica pelo período de 48 a 72 horas.

 

“Depois de seco, o funcho é moído e passa pelo aparelho percolador, em que fica cerca de 24 horas em contato com álcool de cereais. Após o período em que os princípios ativos da planta são extraídos, o funcho é liberado do percolador já na forma de tintura e evazado nas embalagens”, explica Nilton.

 

Em todo o ano passado, a Farmácia Viva do Riacho Fundo I colheu 479 quilos de plantas medicinais e, ao todo, produziu 6.455 unidades de medicamentos fitoterápicos, que são distribuídos em 21 Unidades Básicas de Saúde do DF.

 

Para ter acesso aos produtos, a UBS deve fazer o cadastro na Farmácia Viva, que cuidará da programação a partir da estimativa de produção. O paciente, com a devida prescrição, poderá retirar esses medicamentos naturais na farmácia da UBS cadastrada mais próxima à sua residência. Saiba quais são as unidades que possuem os fitoterápicos clicando Arquivo em Anexo 1aqui.

 

Atualmente, são produzidos e ofertados à população os fitoterápicos oficinais relacionados abaixo:

 

● Xarope de guaco (): Expectorante ● Tintura de guaco (): Expectorante ● Chá medicinal de guaco (): Expectorante ● Tintura de boldo nacional (): Antidispéptico (má digestão) ● Tintura de funcho (): Antiflatulento, antidispéptico e antiespasmódico. ● Gel de erva baleeira (): Anti-inflamatório em dores associadas a músculos e tendões. ● Gel de confrei (): Cicatrizante, equimoses, hematomas e contusões. ● Gel de babosa (Aloe vera): Cicatrizante ● Gel de alecrim pimenta (): Antisséptico, antimicótico, escabicida.