03/01/2018 às 10h18

Em um ano, Lacen fez 241 análises para diagnóstico do vírus Mayaro

Nenhum deles deu positivo para a doença

BRASÍLIA (3/1/18) – Após um ano de implantação do diagnóstico laboratorial do vírus Mayaro no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen), foram realizadas 241 análises, nenhuma delas positiva para o vírus. A realização dessa investigação no DF começou no final de 2016, para dar maior agilidade no diagnóstico. Até então, somente o Instituto Evandro Chagas, no Pará, era referência nacional para este tipo de análise.

"Houve casos de Mayaro no Estado de Goiás e, como estamos na região, o Ministério da Saúde achou estratégico realizarmos o diagnóstico, já que nosso laboratório já tinha estrutura física", lembra o diretor do Lacen, Jorge Chamon.

A metodologia utilizada é a pesquisa de anticorpos da classe IgM, que são produzidos pelos pacientes infectados com o vírus. O Mayaro é da mesma família da Chikungunya. Com o uso de reagentes específicos, será possível identificar com qual vírus presente no organismo do paciente.

A amostra clínica para o diagnóstico é o sangue do paciente, que deve ser colhido cinco dias após o início dos sintomas. A amostra deve ser encaminhada ao Lacen, transportada sob refrigeração, e acompanhada da Ficha de Investigação Epidemiológica devidamente preenchida.

DOENÇA - A febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo dos vírus da dengue, febre chikungunya e zika.

Por ser muito similar a outras viroses e apresentar melhora sem tratamento, o Mayaro raramente é diagnosticado. Entretanto, parte dos pacientes pode apresentar queixa de artralgia (dor em uma ou mais articulações) intensa, acompanhada ou não de edema.

A lesão pode ser limitante ou incapacitante e durar por meses, quando a recuperação é mais prolongada. Normalmente, após uma ou duas semanas o paciente se recupera completamente.