28/09/2023 às 15h57

Farmacêuticos da rede pública reforçam atendimento à população

Profissionais estão presentes em todos os níveis de Atenção à Saúde, de unidades básicas a laboratórios. Mais de 200 foram nomeados nos últimos dois anos

Jurana Lopes, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura

Da seleção de medicamentos ao atendimento direto à população, os farmacêuticos atuam em todos os setores da rede pública de saúde do DF. São 757 na Secretaria de Saúde (SES-DF), sendo que 224 tomaram posse nos últimos dois anos. Foram 87 profissionais em 2022 e 137 em 2023.

A ampliação do atendimento é um reconhecimento à atuação essencial dessa categoria nos serviços oferecidos. O farmacêutico é responsável, entre diversas outras funções, pela padronização e liberação de medicamentos aos usuários da rede de saúde, além de oferecer orientações sobre o uso adequado de remédios.

A ampliação do atendimento é um reconhecimento à atuação essencial dessa categoria nos serviços oferecidos. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

“O campo de atuação desse profissional dentro da SES-DF é imenso e volumoso. Eles estão nas equipes multidisciplinares em todos os níveis de atenção à saúde, contribuindo com outros profissionais para a garantia da integralidade e da qualificação do cuidado aos pacientes”, explica a diretora substituta de Assistência Farmacêutica, Danaíse Lopes Soares.

Ampla atuação

Na Atenção Primária, os farmacêuticos estão dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde fazem o acolhimento e aconselhamento ao paciente, orientando-os como deve ser o uso de medicamentos e a correta ingestão. Eles também atuam na Atenção Secundária, nas policlínicas e nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Já no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os farmacêuticos fazem escolhas, padronizam e distribuem os medicamentos, ampolas e soluções de grande volume que serão disponibilizados dentro das ambulâncias. Nas farmácias hospitalares, cuidam da liberação de medicamentos dos carrinhos de anestesia e dos prontos-socorros.

Além disso, há os farmacêuticos clínicos que trabalham nos hospitais. Eles fazem os estudos das prescrições médicas para avaliar se há interação medicamentosa ou não, e atuam aconselhando a equipe sobre os melhores horários. Dentro dos consultórios, eles ensinam como é feita determinada medicação, encorajando o paciente a finalizar o tratamento.

Nas Farmácias de Alto Custo, são esses profissionais que fazem o cadastramento, a análise, a avaliação e dão a autorização das prescrições médicas.

“Na liberação de medicamentos e no atendimento direto aos usuários da rede pública, os farmacêuticos atuam ofertando, além do medicamento, serviços inerentes ao cuidado farmacêutico desde à Atenção Primária nas UBSs, até os serviços da Rede de Atenção Psicossocial, saúde prisional, estratégias de saúde para populações vulneráveis, policlínicas, Upas [Unidades de Pronto Atendimento], ambulatórios, farmácias do Componente Especializado e hospitais”, explica Soares.

Na Administração Central (ADMC) da SES-DF, por exemplo, há os profissionais que trabalham na seleção e na incorporação de medicamentos. E, nas Farmácias Vivas, estão os que atuam com chás, plantas medicinais naturais e produção de fitoterápicos.

O farmacêutico é responsável, entre diversas outras funções, pela padronização e liberação de medicamentos aos usuários da rede de saúde. Foto: Agência Saúde-DF

O trabalho dos farmacêuticos também está presente nos processos de programação, aquisição, abastecimento, logística e controle de estoque de medicamentos, com a emissão de pareceres e análises técnicas. Eles realizam o cálculo da quantidade de remédios que serão comprados para abastecer toda a rede.

Em uma área correlata, estão os farmacêuticos bioquímicos, que atuam dentro dos laboratórios de análises clínicas dos hospitais e das centrais.

Atualmente, há 75 farmácias que dispensam medicamentos psicotrópicos (receita especial), sendo dez na região Norte de Saúde, seis na Leste, oito na Sul, sete na Central, 20 na Sudoeste, 12 na Centro-Sul e 12 na região Oeste. Além disso, há liberação de remédios com receita especial em seis Caps para os pacientes que fazem acompanhamento nas unidades.

Há ainda um total de cem farmacêuticos lotados nas Farmácias do Componente Especializado, mais conhecidas como Farmácias de Alto Custo. São 26 profissionais na unidade do Gama, 38 na de Ceilândia e 36 na da Asa Sul.