31/05/2019 às 10h46

Grafiteiros e pacientes estão colorindo os muros do Caps II de Taguatinga

 Revitalização deixará o ambiente da unidade mais receptivoJosiane Canterle, da Agência SaúdeFotos: Divulgação/Saúde-DF

  O Centro de Atenção Psicossocial II (Caps) de Taguatinga está mobilizando os grafiteiros da cidade para levar esta arte aos muros que cercam a unidade. O objetivo é deixar a chegada ao Caps II mais acolhedora e humanizada para quem busca auxílio no centro, que hoje atende cerca de 600 pessoas.   “Com enfoque na Semana da Luta Antimanicomial, buscamos revitalizar o muro de entrada para que a ambiência esteja mais receptiva aos nossos usuários e à comunidade. A pintura está acontecendo aos poucos, pois o muro é muito grande”, conta o gerente do centro, Gustavo Murici Nepomuceno.   Segundo ele, “os desenhos nascem das ideias sugeridas pelos pacientes e adaptadas pelos grafiteiros, que fazem o contorno e os pacientes fazem o preenchimento, voltando ao profissional na hora de finalizar a arte”.   Para a superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio, “essa é uma atividade que integra o Caps à comunidade, que acolhe pacientes e familiares, de maneira indireta, mas muito eficaz”.   O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, no Brasil, é comemorado em 18 de maio. A data, estabelecida em 1987 pelo Movimento da Reforma Psiquiátrica, marca um momento de reflexão sobre os avanços e os entraves nas políticas públicas existentes.   O Centro de Atenção Psicossocial é o serviço de saúde pública modelo para os cuidados em saúde mental. O atendimento no Caps II é voltado a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas ou drogas.   Constituído por equipe multiprofissional, a unidade realiza, prioritariamente, atendimento a pessoas com sofrimento ou transtorno mental, mas está aberto a toda a comunidade.