Mastologistas aperfeiçoam técnicas de reconstrução mamária
Mastologistas aperfeiçoam técnicas de reconstrução mamária
Método vai facilitar no atendimento a pacientes do SUS
Um ano após ter sido sancionada a Lei nº 12.802, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar cirurgia reparadora em mulheres que retiraram a mama devido ao câncer, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) fechou um convênio com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O objetivo é proporcionar educação médica continuada aos mastologistas em técnicas de cirurgias de reconstrução mamária e facilitar que mulheres sejam atendidas, gratuitamente pelo SUS. A primeira turma finaliza seu treinamento nesta sexta-feira (06), às 8h, no Auditório do Pavilhão Administrativo do Hospital de Base do Distrito Federal e já começa a realizar o procedimento no DF, Tocantins e Acre.
De acordo a coordenadora de câncer de mama da SES-DF e membro da SBM Fernanda Salum, a cirurgia de reconstrução mamária é uma evolução do tratamento do câncer de mama e tem como objetivo aliar a segurança do tratamento oncológico ao melhor resultado estético possível. “A retirada das mamas pode provocar baixa autoestima e problemas psicológicos importantes. Por isso, a maioria das pacientes com câncer de mama tem indicação para reconstruir as suas mamas na mesma cirurgia. Assim, podemos reduzir o trauma associado com a cirurgia e melhorar a qualidade de vida das mulheres tratadas”, assegura.
A indicação para reconstruir as mamas na mesma cirurgia implica na necessidade de um número maior de profissionais disponíveis e é, por isso, que a SBM busca parcerias com instituições públicas de todo o país para melhorar esta realidade e ampliar o número de mastologistas dedicados à reconstrução mamária, atendendo a necessidade das mulheres que não podem pagar. A reconstrução mamária pode ser realizada com tecido da própria paciente ou pela utilização de próteses de silicone. Preferencialmente, quando não houver contra indicação médica, a reconstrução deve ser realizada no mesmo momento em que se retira o tumor.
Ao todo, nove mastologistas foram treinados no HBDF. “O curso é composto de aulas teóricas e discussão das técnicas cirúrgicas empregadas, além de aulas práticas acompanhadas por instrutores que realizam as cirurgias”, explica Fernanda. Segundo ela, os médicos permanecerão executando as técnicas ensinadas e serão multiplicadores, uma vez que o Hospital de Base do DF possui residência médica em mastologia. “Isso sem contar com 90 pacientes do DF e entorno que devem se tratadas nos módulos do curso”, finaliza.
Bianca Lima, da Agência Saúde DF