Os desafios de quem está na linha de frente no combate ao coronavírus
Os desafios de quem está na linha de frente no combate ao coronavírus
Técnico de enfermagem da UTI Covid do HRSam destaca que a Covid-19 precisa ser levada a sério
JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF

Há quase um ano o Brasil enfrenta a pandemia do novo coronavírus. Desde então, os profissionais da saúde destacam-se por seu papel fundamental no enfrentamento do vírus Sars-CoV-2 e na assistência às milhares de pessoas que foram acometidas pela Covid-19. Verdadeiros heróis, os profissionais da linha de frente dos atendimentos arriscam suas vidas diariamente.
Oliveira Simão dos Reis é um dos milhares de Heróis da Saúde. Ele é técnico de enfermagem na rede pública de saúde há vinte anos e nos últimos sete trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), que desde abril atende pacientes com Covid-19.
“Hoje estou na UTI 2 do HRSam. São tempos difíceis, de pouca informação, muito empirismo. Porém, a união interdisciplinar dos profissionais, força de vontade e o desejo de salvar vidas foram o ponto determinante e o combustível para que nós, os profissionais de saúde pública, vencêssemos um dia de cada vez”, afirma.
Para Oliveira, a cada dia que se passa é um novo aprendizado que se tem “com essa doença maldita que tantas vidas ceifou”. Na avaliação dele, os profissionais de saúde da rede pública estão sendo essenciais no combate da Covid-19, tendo em vista que no início da pandemia não havia serviço qualificado na rede suplementar para o atendimento dos infectados.Tanto que a primeira paciente diagnosticada com a doença foi transferida de um hospital particular para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que se tornou referência no atendimento aos casos de Covid-19.
O técnico em enfermagem considera o enfrentamento da pandemia uma “guerra desleal”, que tem custado a vida de “bravos guerreiros”, que tombaram lutando para salvar a vida de outros. “Durante os últimos oito meses, eu e os colegas presenciamos vários casos emblemáticos, em que realmente se pode comprovar que esse vírus não é de forma alguma uma simples 'gripezinha'", relembra.
Oliveira conta que teve a alegria de ver pacientes com mais de 70 anos de idade recuperar-se da Covid-19 e sair de alta da UTI, mas também “amargamos a tristeza de perder pacientes jovens na qual a Covid-19 foi implacável, infelizmente”, lamenta.
Ele destaca que os profissionais da saúde realmente tiveram o reconhecimento da população, o que é bastante válido, já que todos que estão na linha de frente da pandemia tem dado suas vidas pela população. Veja mais fotos: