20/01/2014 às 17h00

Programa no HRT registra 10% de aumento nos casos de violência contra idosos

Por Claudete Nascimento, da Agência Saúde DFAtendimento à imprensa: (61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Serviço realizou 659 atendimentos no ano passado

O Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência/PAV-Azaléia, do Hospital Regional de Taguatinga/HRT, registrou um aumento de 10% no número de casos de violência, principalmente contra idosos, em 2013. No total o serviço realizou 659 atendimentos à vítimas de violência no ano passado.

O PAV-Azaléia, que é subordinado ao Núcleo de Estudos e Programas para os Acidentes e Violências/SES-DF, tem como objetivo oferecer apoio psicológico às crianças e adultos da rede pública de saúde do DF, que foram submetidos à violência de qualquer natureza (física e psicológica)

“No segundo semestre de 2013 verificamos que houve um aumento no registro de casos de violência contra idosos, uma vez que a Unidade Mista de Taguatinga (UMST) é referência no atendimento ao idoso. Desta forma, a UMST identifica e encaminha o paciente para acompanhamento psicológico”, afirmou o coordenador substituto do PAV/Azaléia, Carlos Alberto Araújo.

O psicólogo destacou ainda que, para aumentar a possibilidade de atendimento aos pacientes da terceira idade que sofreram violência, o Programa criou uma rede de apoio que conta com o auxilio de instituições, como igrejas, lares de velhinhos, SESC e SESI que, conjuntamente com o PAV, realizam atividades de socialização, lazer e palestras de orientações sobre como proceder e denunciar em caso de violência.

As notificações de violência realizadas pelo Programa envolvem agressões de toda ordem, com destaque para a doméstica (sexual, agressão física e psicológica). Na violência social, de modo geral, os casos estão relacionados às brigas, uso de armas, discussões urbanas e relações de trabalho.

No caso das crianças, inclui-se também o bulling, que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o intuito de intimidar ou agredir outra pessoa sem que ela tenha a possibilidade ou capacidade de se defender.

A maior incidência de casos de violência registrados pelo Azaléia, envolve crianças/adolescentes, seguido pelas mulheres, idosos e homens. “Estamos trabalhando para ampliar os serviços de atendimento ao cidadão que foi vítima de violência, em todas as faixas etárias, pois sabemos da importância do atendimento físico-psicológico nestes casos”, disse o coordenador-geral de Saúde de Taguatinga, Otávio Augusto de Siqueira.

O PAV-Azaléia trabalha em parceria com as delegacias de polícia, promotorias, defensorias, Centros de Referência de Assistência Social, Centros de Saúde, CAPS e Secretarias de Estado Mulher e Justiça.

Além do PAV-Azaléia, a população pode buscar atendimento nas outras 15 unidades espalhadas em todo o DF, que funcionam nos hospitais regionais, Centro de Orientação Médica Psicopedagógica (COMPP) e Laboratório Central (LACEN). Outras informações sobre o serviço poderão ser obtidas pelo telefone: (61) 3348-6174.