Registrado primeiro caso de microcefalia por zika vírus contraído no DF
Registrado primeiro caso de microcefalia por zika vírus contraído no DF

Criança, do sexo feminino, nasceu em outubro no Hran
BRASÍLIA (19/12/16) - Após a realização de uma extensa bateria de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, submetidos a um comitê multiprofissional da Secretaria de Saúde, foi confirmado o primeiro caso autóctone (ocorrido a partir do próprio local) de microcefalia por zika vírus no Distrito Federal. A criança nasceu em outubro e está sendo acompanhada pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Centro de Saúde da Asa Norte e Hospital Sarah Kubitscheck.
"No processo de investigação epidemiológica constatou-se a presença do zika vírus na corrente sanguínea da criança, comprovando a contaminação intrauterina. Além disso, a mãe relatou um quadro febril, com tosse e erupções cutâneas (exantemas) por aproximadamente quatro dias no primeiro trimestre da gravidez e declarou não ter se ausentado no DF durante todo o período da gestação", esclarece Rodrigo Miranda, gerente de Epidemiologia de Campo da Subsecretaria de Vigilância à Saúde.
Apesar da grande repercussão dos casos de microcefalia vinculados ao zika vírus, essa patologia pode ser ocasionada por diversos outros agentes, como por exemplo a sífilis e a toxoplasmose. No DF, são registrados anualmente entre de seis a 10 casos da doença.
Desde novembro de 2015, houve avaliação de 65 casos suspeitos, mas apenas três foram relacionados ao zika vírus, sendo dois contraídos fora do Distrito Federal.
GRAVIDEZ E ZIKA - Em abril, no Hospital Regional de Samambaia, uma gestante que havia contraído zika teve a gravidez interrompida no segundo trimestre. Na época, houve suspeita que a morte do feto tinha ligação com a microcefalia, mas os exames confirmaram que a causa da morte foi por complicações decorrentes do quadro hipertensivo apresentado pela mãe. Este caso, portanto, não é contabilizado como relativo ao zika vírus.