Saúde atende 267 pessoas durante posse presidencial neste domingo (1º)
Saúde atende 267 pessoas durante posse presidencial neste domingo (1º)
Três tendas foram montadas para prestar assistência a quem estivesse na Esplanada dos Ministérios
Jade Abreu, da Agência Saúde-DF
Para garantir assistência das pessoas no evento da posse do novo presidente da República neste domingo (1º), a Secretaria de Saúde montou três tendas de pronto-atendimento em locais estratégicos na Esplanada. Até as 20 horas, 267 pessoas receberam cuidados dos profissionais de saúde no local. Os pontos foram montados para os casos que podem ser resolvidos no local.
Quem precisou de atendimento médico foi acolhido pelas equipes do SAMU. Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF
Uma das pessoas foi a estudante Emily Freire, 16 anos, que teve uma desidratação e foi encaminhada para uma das tendas. "Ela está recebendo soro e está deitada para se recuperar", contou a mãe da jovem, Rosângela Freire. A professora detalha que em menos de 10 minutos a filha já estava sob cuidados dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que trabalharam no primeiro dia do ano.
Também com desidratação, a estudante Victoria Pereira, 25 anos, foi pedir ajuda da equipe da Saúde na tenda. "Bebi pouca água e o sol do meio-dia estava muito forte", relatou. A moça é de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e veio para a capital do Brasil prestigiar a posse do novo presidente. "A equipe foi muito atenciosa, prestativa, rapidinho eu já estava me sentindo melhor".
De acordo com o coordenador da tenda localizada em frente ao comando da Aeronáutica, o enfermeiro Warlis Gonçalves, a principal reclamação foi desidratação. "Ontem foi réveillon, as pessoas beberam, não fazem uma alimentação saudável e há quem veio de fora e não está acostumado com o clima de Brasília", explica.
Nesse posto, foram 85 atendimentos até as 20 horas. Na unidade em frente ao comando da Marinha, foram 80. Já o posto localizado na praça dos Três Poderes realizou 102 atendimentos até o mesmo horário.
Wagner precisou de atendimento por conta da pressão estar alterada. Foto: Tony Winston/Agência Saude-DF
Para o engenheiro aposentado William Vinagre Filho, 66 anos, a tenda foi fundamental para recuperar o movimento do joelho. Ele lembra a trajetória de 52 horas em ônibus, com caravana de mais 16 veículos para chegar à Brasília nesta manhã. Após esse percurso ainda teve que caminhar. "Meu joelho travou, eu não estava mais conseguindo mexer", destacou. "Os bombeiros me ajudaram a vir aqui e tomei analgésico e anti-inflamatório. Agora é só fazer efeito".
O profissional da educação Wagner Douglas Nascimento, 53 anos, percebeu que o seu corpo não estava normal. "Senti uma dor de cabeça e tive uma vertigem na hora". O mal-estar fez com que procurasse um atendimento de saúde. "Minha pressão estava 16 por 10, estava alta e precisava de ajuda". Nascimento foi atendido às 12h40, mas ficou em observação na tenda por mais de três horas até a pressão baixar.
Mobilização dinâmica
Com o fim do discurso de posse, o movimento maior se concentrou no palco onde ocorre shows de diversos artistas. Neste momento, as tendas são realocadas para a concentração do público no evento.
"Pelo protocolo temos que aguardar a mobilização de todo o pessoal para o palco. Nesse meio tempo os plantonistas da noite estão chegando para assumir seus postos. E as tendas são realocadas de forma sequencial e sem ter comprometimento do atendimento", detalha a subsecretária de Assistência Integral à Saúde, Sofia Sericia.
Posto de atendimento do SAMU. Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF
O Samu ainda fez 16 remoções para pessoas que precisaram de atendimentos mais complexos, como quebrar ou torcer algum osso.* As equipes da Saúde estão escaladas para 24 horas de operação, seguindo o esquema de segurança. As tendas foram montadas às 7h do domingo e só serão removidas após o comando para desmobilizar, que será feito pela Secretaria de Segurança Pública do DF, após os shows.
Testagem
A população também teve a possibilidade de testar contra covid-19 na Rodoviária do Plano Piloto. A ação feita em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) ocorreu das 9 às 17 horas.
A empreendedora Isabel Silva, 44 anos, foi a primeira do dia a conferir se estava doente. "Vim de caravana e aqui tem muita aglomeração. Achei muito importante ter esse ponto ainda mais tão bem localizado", conta. Com resultado negativo para o coronavírus, a moradora de São Paulo disse estar mais segura para aproveitar a festa.