Saúde comemora milésima laqueadura feita sem procedimento cirúrgico
Saúde comemora milésima laqueadura feita sem procedimento cirúrgico
Método é realizado em 15 minutos e dispensa internação
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal promoverá às 9h desta terça-feira (22), uma festa na tenda do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), para comemorar a milésima paciente esterilizada por método que não exige procedimento cirúrgico.
Mais de 100 pacientes que passaram pelo procedimento usado para impedir uma nova gravidez foram convidadas a participar do evento que contará com a presença do secretario de Saúde do DF, Rafael Barbosa.
“Estamos comemorando uma nova conquista, pois muitas dessas mulheres sofriam de problemas graves e até corriam risco de morte. Resolvemos casos complexos de pacientes que pelo método convencional da laqueadura seriam submetidas a uma cirurgia invasiva, com recuperação que exigia internação e maiores cuidados”, explica o secretário.
O novo procedimento, que começou a ser realizado no dia 15 de setembro de 2012, é feito por meio de um microdispositivo intratubário que promove a obstrução permanente das trompas, impedindo a gravidez. O método, que dura de dez a 15 minutos, é geralmente indolor e irreversível.
A ação faz parte do projeto Saúde Para Todos da Secretaria de Saúde, em conjunto com o Ministério da Saúde e visa atender pacientes que participam do Programa de Planejamento Familiar.
“Desde a implantação do serviço realizamos diversos mutirões para atender a grande demanda. Atualmente, cerca de 500 mulheres esperam para fazer esse procedimento, mas essa demanda é crescente, por isso, vamos continuar com os mutirões”, explica o médico ginecologista da SES, Adriano Bueno.
Segundo o médico, a adesão a esse novo tipo de intervenção gerou grande impacto na efetividade da rede de saúde e na qualidade de vida dessas mulheres. O procedimento tradicional de laqueadura chega a custar para os cofres públicos R$ 339,02 por paciente, em média, englobando serviços hospitalares (R$200,5) e serviços profissionais (R$138,97). “Como o método não exige anestesia ou internação, os custos hospitalares são reduzidos permitindo atender um maior número pacientes em menos tempo”, comenta o ginecologista.
A paciente Cristiane Cecília da Silva, 28 anos, moradora do Riacho Fundo I, é mãe de três filhos e relata que quis fazer o procedimento porque não quer engravidar novamente. Ela procurou o Centro de Saúde da regional em que reside, consultou com um ginecologista e pediu para fazer o procedimento e em menos de dois meses foi submetida a microcirurgia no HMIB.
“Assisti uma palestra educativa, passei por uma bateria de exames e logo fui chamada para fazer o procedimento que demorou 15 minutos. Senti apenas um pequeno incomodo, mas logo depois fui para casa e agora estou feliz e despreocupada. Gostei muito do método e indico para todas as mulheres que não querem mais ter filhos”, relata a paciente.
Saiba mais: Para ter acesso ao Serviço de Planejamento Reprodutivo do HMIB é preciso procurar a regional de saúde mais próxima de casa. A SES/DF disponibiliza nos Centros de Saúde outros métodos contraceptivos, como camisinhas, anticoncepcionais, Dispositivo Intrauterino (DIU) e Vasectomia.
Ludmila Mendonça e Ana Luíza Greca