Saúde lança o Violentômetro para conscientizar sobre violência
Saúde lança o Violentômetro para conscientizar sobre violência
É importante denunciar os casos de agressão.Alline Martins, da Agência SaúdeFoto: Matheus Oliveira/Arquivo SESArte: Danielle Freire
A Secretaria de Saúde lançou, nesta sexta-feira (23), a campanha de implementação do Violentômetro, um cartaz que, com uma espécie de régua, mede o grau de violência contra a mulher, indo da chantagem ao feminicídio. O material será distribuído por toda a rede pública de saúde e também será usado no acolhimento e rodas de conversas durante os atendimentos dos Programas de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência (PAV). “A forma que ele é apresentado estimula uma medida mental. A pessoa bate o olho e tenta localizar o relacionamento dela ou de alguém que ela conhece”, observa a chefe do Núcleo de Estudos e Programas na Atenção e Vigilância em Violência (Nepav), Fernanda Falcomer. O objetivo dos cartazes é desenvolver uma intervenção de prevenção dos comportamentos listados. “Este instrumento possibilita um processo de investigação cujo objetivo é identificar comportamentos violentos quotidianos, alertar sobre eles e evidenciar o risco a que se expõem mulheres e homens”, detalha Falcomer. Segundo a chefe do Nepav, com o tempo, o risco aumenta, os episódios violentos ficam mais frequentes e graves, podendo levar a danos crônicos à saúde física e mental e até à morte. “Quanto mais cedo estivermos atentos e identificarmos a agressão, melhor. A relação abusiva começa com sinais muito ténues e que são naturalizados na nossa sociedade. As pessoas tendem a identificar a agressão somente diante de sinais físicos, ignoram as sequelas e agravos emocionais provenientes da violência psicológica”, alerta a chefe do Núcleo, Fernanda Falcomer. PREVENÇÃO – NÃO VIOLÊNCIA – O próximo domingo (25) é o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 1999, em homenagem às Mariposas, três irmãs que foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana, em novembro de 1960. No Brasil, cerca de 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente. No Distrito Federal, dos 4.147 casos de notificação de violência feitos à Secretaria de Saúde, entre janeiro e outubro deste ano, quase 60% (2.395) foram contra pessoas do sexo feminino. As notificações de violência, em 2018, já superam as de todo ano passado. Saiba mais sobre o assunto no link http://www.saude.df.gov.br/notificacoes-de-violencia-em-2018-ja-superam-todo-ano-passado/.