25/02/2021 às 15h27

Saúde mantém realização de cirurgias eletivas no DF

Número de UTIs de retaguarda para cirurgias não causa grande impacto na quantidade de leitos para Covid-19

JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF

   

Apesar da alta na taxa de ocupação de leitos de Covid-19, a Secretaria de Saúde continuará realizando as cirurgias eletivas, que foram interrompidas por vários meses em 2020, resultando no aumento da fila de espera.

 

“Os leitos que temos para retaguarda de cirurgias, que são leitos de alta complexidade, são um número pequeno e que não impactam no número de leitos de Covid-19. Então, não faz muita diferença torná-los específicos para Covid”, explica o secretário adjunto de Assistência, Petrus Sanchez.

 

Segundo o gestor, a ideia de aumentar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para disponibilizar aos pacientes acometidos pela Covid-19 é transferir os pacientes que estão internados há muito tempo com Covid, mas que não são mais transmissores da doença, para leitos não Covid.

 

Sanchez esclarece que a Secretaria de Saúde acompanha diariamente a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid e se for necessário parar novamente as cirurgias eletivas, a pasta tomará essa decisão.

 

Ampliação de leitos

 

A Secretaria de Saúde ativou cinco leitos de UTI Covid adulto no Hospital Daher ampliando a oferta do serviço no Distrito Federal. Agora, são 20 leitos disponíveis para atender pacientes do SUS na unidade.

 

Além disso, na última sexta-feira (19), foram mobilizados mais oito leitos de UTI na mesma unidade. Até o final desta semana, a Secretaria de Saúde irá ativar outros 17 leitos no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), sendo dez já existentes e que serão remobilizados, e sete em uma nova ala da unidade.

  Aumento da produção cirúrgica em 2020   Mesmo com a pandemia, a Secretaria de Saúde alcançou, em 2020, a segunda maior produção cirúrgica hospitalar histórica, desde 2009, com 63.948 cirurgias realizadas de janeiro a dezembro. Ainda que com restrições impostas pela pandemia de Covid-19, como a suspensão de cirurgias eletivas de junho a outubro – mês em que se iniciou a liberação gradativa dos procedimentos -, o ano passado só não supera 2019, quando foram feitas 68.247 cirurgias e não havia registro da Covid-19 no Brasil.