31/01/2013 às 16h57

Saúde monitora ações na rede pública

Sala de situação é instrumento de auxílio à gestão 

Para enfrentar as questões de saúde, os gestores e técnicos precisam conhecer a realidade para planejar e tomar decisões priorizando esse ou aquele tipo de ação. Um bom instrumento para auxiliar o gestor a estabelecer as políticas públicas é a sala de situação. Por meio dela, é possível identificar situações e problemas de saúde da população, além de evidenciar resultados alcançados e favorecer o planejamento e correção de ações futuras.

A sala de situação é um instrumento informatizado que integra os principais sistemas de informações em saúde e produz um conjunto de indicadores. O sistema permite conhecer a situação de saúde, o perfil de necessidades, da demanda e da oferta de serviços de saúde e a resposta institucional em um espaço de população definido, que pode ser a área de abrangência de uma unidade básica de saúde, uma cidade ou até um país. “A sala de situação é parte importante da modernização da gestão da SES”, afirma o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.

Na Secretaria de Saúde, esses dados são trabalhados em “ambientes”. Atualmente, os levantamentos feitos pela SES envolvem 11 temas distintos, como gestão de leitos, abastecimento de medicamentos e produtos médicos hospitalares, produção de consultas e cirurgias. Novos ambientes devem ser incorporados ao sistema, como o de “grandes eventos”, já com vistas à organização das copas das Confederações e do Mundo de Futebol.

A sala de situação envolve atividades como coleta, tabulação e processamento de dados, produzindo planilhas de indicadores e gráficos; análise e comparação de dados; avaliação de problemas, intervenções e tomada de decisões e divulgação das informações para alimentar o sistema de saúde e permitir o controle social.

De acordo com o subsecretário de Tecnologia da Informação em Saúde (Sutis), José Carlos Esteves, sala de situação não vem pronta, é construída dia-a-dia. Ele explica que o instrumento tem três componentes: dados de fatos ocorridos, ações em andamento e a visualização. O sistema inclui a produção de gráficos e o monitoramento de imagens de ambientes de unidades de saúde da rede em tempo real. ”Temos câmaras em vários hospitais e acompanhamos o que se passa nesses locais a todo momento”, diz o subsecretario.

Para a construção dos indicadores, a sala de situação utiliza dados provenientes dos sistemas de informações das unidades da própria Secretaria de Saúde, de planilhas elaboradas por equipes da SES, além da base de dados do Ministério da Saúde. A informação gerada pela análise de dados permite, ainda, subsidiar o processo de identificação de problemas de saúde da população, a definição de prioridades, o planejamento de ações e o monitoramento e avaliação de intervenções.

Celi Gomes