Saúde pública é tema de conversa na Academia de Medicina de Brasília
29/05/2019 às 10h44
Saúde pública é tema de conversa na Academia de Medicina de Brasília
Osnei Okumoto e Francisco Araujo foram convidados para falar do assuntoSaúde pública do DF, seus problemas e soluçõesAlline Martins, da Agência SaúdeFotos: Mariana Raphael/Saúde-DF
A sessão plenária mensal da Academia de Medicina de Brasília teve como tema, na noite desta terça-feira (27), a . Para falar sobre o assunto, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Francisco Araújo, explanaram para uma plateia de cerca de 50 médicos. Antes, porém, o presidente da academia, Marcos Vinicius, citou algumas das sugestões feitas, em relatório, para que a Secretaria de Saúde modificasse em seu processo de trabalho, como a regionalização, o melhor controle dos estoques e temáticas relacionadas à gestão de pessoas. “Muita coisa já mudou, mas achamos necessário ouvir os problemas que ainda persistem e discutir as possíveis soluções”, completou Marcos Vinicius.
ENTRAVES – Em sua fala, Osnei Okumoto lembrou que a Saúde já vem sucateada há, pelo menos, 16 anos. “Muito tempo sem contratos de manutenção vigentes, portarias que travam processos e ainda um controle externo muito forte, que, às vezes, dificultam o trabalho”, esclareceu. Entre as ações que sua gestão tem feito, em apenas cinco meses de trabalho, o secretário citou a criação da força-tarefa para realizar cirurgias, chegando à marca de 22.147. Ressaltou, também, o pagamento de despesas e dívidas com servidores, que vinham pendentes há anos. “Temos, de despesas empenhadas, R$ 3,4 bilhões, e de despesas pagas, R$ 3,5 bilhões. De todos estes valores, pouco mais de R$ 1 bilhão referem-se a dívidas de despesas de 2018 ou anos anteriores”, destacou Okumoto. O secretário citou, ainda, as ações contra a dengue, lembrando que, até 30 de abril, foram inspecionados 389.264 imóveis, realizados os esforços de mobilização da população e reforçados os atendimentos aos pacientes com suspeita de dengue. Entre as ações mais técnicas, Okumoto deu destaque ao trabalho que tem sido feito para atualizar os sistemas que geram dados à secretaria. “Hoje, temos sistemas que não se comunicam. E, sem indicadores, temos dificuldade em tomar decisões”, concluiu.
IGES-DF – Um dos pontos da apresentação mostrou o caminho até chegar à aprovação do instituo pelo novo governo. “Fomos para dentro do instituo e começamos a pesquisar como era o funcionamento. Vimos que o modelo empregado tinha características de contratação e aquisição com maior rapidez e informamos ao governador que este seria um modelo importante”, contou Osnei Okumoto, destacando que o governador Ibaneis Rocha solicitou o máximo de transparência neste processo. O diretor-presidente do instituto, Francisco Araujo, entregou ao presidente da academia um documento com detalhes sobre o Iges-DF e pediu a compreensão da sociedade como um todo. “Encontramos um caos e as coisas não se resolvem a toque de caixa. Sabemos dos problemas e trabalhamos para encontrar as soluções. Contamos com a paciência, com as críticas e com a ajuda de todos que, de alguma forma, puderem colaborar”, disse. Francisco destacou algumas coisas que já estão sendo feitas pelo instituto, como a autorização para as obras de instalação do Pet-Scan. O aparelho foi comprado há cerca de seis anos e, até hoje, estava sem funcionar por não ter espaço próprio para sua instalação. Ao final, Francisco Araujo sugeriu que a academia realize encontros periódicos para que as questões de saúde pública continuem sendo discutidas e os gestores recebam sugestões para que o atendimento chegue com mais qualidade à população.