Secretaria de Saúde realizou mais de 107 mil consultas de pré-natal até julho
Secretaria de Saúde realizou mais de 107 mil consultas de pré-natal até julho
Pré-natal é fundamental para preservar saúde da mãe e evitar nascimentos prematuros
Michele Horovits, da Agência Saúde-DF | Edição: Willian Cavalcanti
No Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferece diversos serviços para garantir a saúde do bebê e da mãe. Entre os meses de janeiro a julho deste ano, foram realizadas mais de 107 mil consultas de pré-natal na rede de saúde pública do DF. O tratamento precoce é fundamental na prevenção e no cuidado da evolução da gravidez, preparando a mulher para um parto seguro.

“Durante o pré-natal, são solicitados diversos exames, como os de coleta de sangue e ultrassom, que servem, por exemplo, para identificar a idade gestacional, classificar o risco associado à gravidez, além de calcular a provável data do parto”, destaca a Referência Técnica Distrital (RTD) de Ginecologia e Obstetrícia da SES-DF, Marta de Betânia.
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada para o atendimento gestacional, bem como para a maioria dos serviços de Atenção Primária. “O atendimento é sempre feito na UBS de Referência, aquela mais próxima da casa da paciente, a menos que o caso seja considerado de risco, quando ocorre o encaminhamento a um ambulatório”, explica a coordenadora da Rede Cegonha, Gabrielle Medeiros.
No InfoSaúde, é possível identificar a UBS e a maternidade de referência da gestante com base no endereço residencial. Clique aqui e saiba qual é a sua.
Roseane Santana, 42 anos, acredita que realizar o pré-natal foi essencial para salvar a saúde de sua filha e elogia a equipe do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) pelo suporte oferecido durante uma crise de trombose. “As consultas foram impecáveis. A equipe médica foi extremamente cuidadosa e me deu todo o apoio necessário durante um período muito sensível para mim”, relata.

Reforço para evitar prematuridade
De acordo com a coordenadora da Rede Cegonha, o pré-natal pode prevenir a prematuridade. Caso a mãe já tenha conhecimento prévio de uma doença, como hipertensão, diabetes, lúpus ou outra condição que possa se agravar durante a gestação, é essencial que a enfermidade esteja sob controle, além de realizar um acompanhamento pré-natal. “Outro problema que pode ser prevenido é a pré-eclâmpsia, que é a principal causa de morte materna”, alerta.
O pré-natal é considerado adequado pelo Ministério da Saúde (MS) quando inclui pelo menos seis consultas, com a primeira tendo ocorrido no primeiro trimestre da gestação. “Essa investigação é capaz de identificar, encaminhar e tratar condições que podem levar à prematuridade. Este é um período em que a gestante vivencia diferentes sentimentos, tornando fundamental o vínculo estabelecido com a equipe que a acompanha”, conclui a especialista.

Cuidados com a saúde mental
A prevenção de transtornos mentais maternos deve ter início junto com a assistência pré-natal, quando os profissionais de saúde observam o histórico de saúde da gestante, se a gravidez foi planejada e desejada, o contexto da rede de apoio e os fatores de risco. Caso seja identificado risco, a equipe de saúde faz o encaminhamento para os tratamentos necessários. “Outras formas de prevenção envolvem a educação da sociedade para uma redistribuição de carga doméstica e de cuidado com os filhos com outros atores, além do pai e família extensa”, detalha a psicóloga da SES-DF, Carolina Leão.
Caso seja necessário, as gestantes são encaminhadas às policlínicas e Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, há um ambulatório de saúde mental perinatal de referência no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), destinado às gestantes e mães com transtornos mentais mais graves.