25/01/2019 às 11h24

Secretaria de Saúde participa de mobilização para eliminar hanseníase

Josiane Canterle, da Agência Saúde Arte: Danielle Freire

  Uma grande mobilização nacional está acontecendo para combater a hanseníase, neste mês, conhecido como janeiro roxo. A doença, popularmente chamada de lepra, é uma das mais antigas registradas pela humanidade. Apesar de ter cura, inda não se conseguiu erradicá-la.   Somente no Distrito Federal, ocorreram 160 casos novos da doença em 2017, o que equivale a 5,3 registros para cada grupo de 100 mil habitantes. No Brasil, no mesmo ano, foram detectados 26.875 casos novos, o que expressa 12,9 casos a cada 100 mil habitantes, número superior à média mundial, que ficou em 2,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).   Com esses resultados, o Brasil carrega dois títulos que nenhuma nação do mundo gostaria de ter: o de país que não conseguiu eliminar completamente a hanseníase e o que concentra o maior número de casos novos da doença, a cada ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).   “Muitas pessoas desconhecem, acham que a doença não existe mais, que é coisa do passado”, argumenta a dermatologista da Secretaria de Saúde, Janaina de Amorim Barbaresco. De acordo com ela, a hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito na rede pública.   Esta é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Foi identificada em 1873 pelo cientista Armauer Hansen.   “Quando a pessoa é diagnosticada logo no início, é encaminhada ao serviço de saúde para acompanhamento e tratamento, feito com medicamento via oral e pode durar de seis meses a um ano, conforme o estágio da doença”, explica a médica. “É uma doença crônica, com um longo período de incubação. Por isso, prevenir é o melhor remédio”, completou.   Assim que o paciente tem o diagnóstico positivo, é orientado para que todas as pessoas com quem ele teve contato prolongado procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para também realizar os exames. “A melhor maneira de prevenir a hanseníase é levar os familiares e pessoas próximas a um doente a fazerem um exame preventivo” o que, segundo a médica dermatologista, é a forma mais eficaz de prevenção e diagnóstico precoce.   O contágio se dá pelas vias aéreas, em contato com secreções nasais, gotículas de saliva, tosse ou espirro de pessoa contaminada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Muitas pessoas são portadoras do bacilo, mas poucas adoecem.