22/10/2019 às 11h48

Vigilância e Saúde da Família juntas no combate ao Aedes

Projeto iniciado em Santa Maria prevê ações contra o Aedes e busca de casos suspeitos

  Durante esta semana, moradores das quadras 207 e 307 de Santa Maria estarão recebendo a visita de profissionais da Vigilância Ambiental e da Equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da região. Os servidores estão realizando uma investigação epidemiológica especial sobre as arboviroses. Trata-se de uma medida de prevenção à dengue e outras doenças relacionadas ao Aedes aegypti. Pelo menos 300 imóveis devem ser alcançados até quinta-feira (24).   "Esta investigação epidemiológica especial em campo, com o apoio da Atenção Primária, é uma iniciativa baseada no método da Vigilância à Saúde de coletar dados de forma sistemática e, com as informações locais, analisar a situação epidemiológica vigente para que as medidas de controle sejam direcionadas, segundo as características identificadas no território de atuação de cada Equipe de Saúde da Família", explica o médico sanitarista da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Roberto de Melo Dusi.   Para a execução da atividade, nesta semana, foi realizado reconhecimento geográfico prévio e feito um levantamento de dados relacionados à detecção de casos febris que correspondam à definição de casos suspeitos de dengue para o território de atuação de equipe E da UBS 1 de Santa Maria.   "Para esta área, foi organizado um roteiro de visita aos domicílios e demais edificações e, a partir daí, iniciamos a visita casa a casa para verificar novos casos que não tenham sido registrados no serviço de saúde, com a realização de exames sorológicos e de biologia molecular, quando indicado, e a captura de vetores alados ou na sua forma larvária nos criadouros", conta Dusi.   Na fase intermediária do trabalho desta semana, os dados serão analisados para transformá-los em informações que serão debatidas numa reunião de encerramento, na sexta-feira (25), com a participação da Equipe de Saúde da Família, dos profissionais da Diretoria de Atenção Primária Sul, da Vigilância Hospitalar, das diretorias de Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental, Laboratório Central (Lacen), Cerest e do gabinete da SVS.   Também foram convidados profissionais de outras regiões para que conheçam o projeto e possam implementar em suas áreas de cobertura.   EXPANSÃO – A ideia é que este modelo de atuação seja implementado em todas as regiões de saúde do DF, contemplando as mais de 500 Equipes de Saúde da Família. Segundo Dusi, atingir 100% do território do DF pode demorar cerca de quatro anos devido à necessidade de capacitação das equipes envolvidas.   Devem receber a ação, ainda este ano, o Arapoanga, previsto para final de novembro, e a área da QND em Taguatinga Norte, ainda sem data definida.   "O objetivo desta atividade é proporcionar a aplicação do método epidemiológico como recurso sistemático para as Equipes de Saúde da Família analisarem, em tempo adequado e oportuno, a realidade epidemiológica do território. A ação também permitirá à equipe aplicar as medidas de controle adequadas e específicas às peculiaridades locais, estando preparada para atuar de maneira coordenada quanto aos temas comuns e concomitantes com os territórios das equipes lindeiras da região de saúde do DF como um todo", frisa o sanitarista.   Alline Martins, da Agência Saúde Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF