28/05/2014 às 19h25

Vinte e um cães e gatos estão disponíveis para adoção na Zoonoses

Por Jozeías Nunes e Frederico Prado, da Agência Saúde DF

Mesmo não sendo sua atribuição, núcleo acolhe animais saudáveis

 

De acordo com o art. 61 do Decreto N° 34.213/2013, o Núcleo de Vigilância de Animais Domésticos, subordinado à Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, possui atribuições como realizar atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças referentes à zoonoses (raiva e leishmaniose) e à vigilância ambiental em saúde, executar campanhas de imunização de animais domésticos, entre outras.

No entanto, o núcleo é confundido como abrigo para cães e gatos saudáveis, encontrados na rua ou deixados pelos próprios donos, que não se adaptaram ao novo membro da família.

De acordo com o gerente da Zoonoses, Jadir Costa Filho, “os animais deixados no local e que não apresentam nenhuma doença são encaminhados às organizações não governamentais (ONGs) ou ficam disponíveis para adoção no próprio núcleo, mas essa não é a função do órgão”, informa.

Apreensão, recolhimento e recebimento de animais domésticos, como cães e gatos, só deveria ser feito quando relacionados aos riscos de transmissão de doenças contagiosas. Nesses casos, cabe à Zoonoses observar e isolar os animais, identificar clínica ou laboratorialmente a doença, efetuar investigações ambientais para determinar os locais prováveis de infecção e realizar a eutanásia em casos de risco à saúde pública, sofrimento do animal ou determinação do médico veterinário.

Os animais que ficam abrigados temporariamente na Zoonoses, em observação de doença ou antes do exame, permanecem em ambiente limpo, com colchonetes, alimentação (ração) e água disponíveis dia e noite. Não há maus tratos, pois essa prática é crime.

A diretora da Vigilância Ambiental, Kênia Cristina, informa que atualmente o estabelecimento possui oito cães machos adultos, quatro cadelas adultas, três gatas adultas, três gatas e três gatos filhotes disponíveis para adoção, sendo todos eles sem raça definida. “Este número é dinâmico, pois existe uma procura diária por adoção”, comenta a diretora.

O cidadão que deseja adotar um animal, deve comparecer à Zoonoses com documento de identidade e comprovante de residência. No momento da adoção, ele recebe orientações quanto à guarda responsável de animais domésticos e às medidas de prevenção e controle de doenças.

Zoonoses

O canil da Zoonoses conta atualmente com seis médicos veterinários, além de dois servidores na Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, 17 no Núcleo de Vigilância e Diagnóstico de Zoonoses, 19 no Núcleo de Vigilância de Animais Domésticos e sete no Núcleo de Vigilância de Animais Silvestre e Sinantrópicos.

A Vigilância Ambiental possui 24 boxes no canil e oito boxes no gatil. “Os animais são divididos de acordo com o temperamento e características da espécie. Por se tratar de animais que vivem em grupo, deixamos até três cães juntos no box”, explica Kênia Cristina.

Diretoria de Vigilância Ambiental

A Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) é responsável pelos programas de saúde pública relacionado a zoonoses e outros agravos. Entre eles destacam-se raiva, leishmaniose, leptospirose, hantavirose e agravos causados por animais sinantrópicos – indesejáveis que co-habitam junto ao homem a partir da oferta de água, alimento e abrigo –, como roedores, pombos, pardais, urubus, saruês e morcegos.

Confira as atribuições da Vigilância Ambiental acerca de animais domésticos no Decreto n° 34.213, Art. 61, de 14 de março 2013:
http://sintse.tse.jus.br/documentos/2013/Mar/15/decreto-nb0-34-213-de-14-de-marco-de-2013-aprova-o