27/06/2017 às 19h03

Armazenamento incorreto de água aumenta proliferação do Aedes

Secretaria de Saúde, em parceria com outros órgãos, faz alerta à população

BRASÍLIA (27/6/17) – A forma como os brasilienses têm armazenado água em razão do racionamento é motivo de preocupação para a Vigilância Ambiental em Saúde do Distrito Federal. Recipientes abertos estão atraindo o mosquito transmissor da dengue e aumentando as chances de a doença voltar a se espalhar pela capital federal.

"Em fevereiro, divulgamos o Levantamento Ra?pido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa). O boletim aponta a quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito. Das 31 regiões administrativas do DF, 12 apontaram como principal foco os recipientes de água armazenada. No último levantamento, divulgado nesta semana, subiu para 17 regiões. No ano passado, durante todo o levantamento, encontramos apenas cinco cidades com esse problema", diz o diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, Denilson Magalhães.

Ele observa, ainda, que entre os meses de maio e setembro é normal que a transmissão de dengue diminua, mas que neste ano ela tem se mantido. "Apesar de ainda estar com índice abaixo de 1%, considerado aceitável, estamos com esse número alto para o período: 0,56%", destaca.

CAMPANHA – Para reduzir as chances de transmissão das doenças pelo Aedes aegypti, a vigilância ambiental tem feito trabalhos de conscientização e orientação junto às secretarias de Educação e Cidades e também com a Caesb.

"Capacitamos mais de 500 professores que vão trabalhar junto aos alunos a consciência de tampar os recipientes com água, evitando os focos. Nossos agentes também continuam indo de casa em casa para dar essas orientações", conta Denilson.

Ele diz que a Caesb também preparou material informativo de modo a orientar a população sobre a forma correta de armazenar água. "É importante que os recipientes sejam fechados. Não armazenem água em baldes e tanques. E toda vez que esvaziar os recipientes, lavá-los com bucha e sabão, para evitar que fiquem ali ovos ou larvas do mosquito", orienta o diretor da Vigilância Ambiental.