Assistente social leva grupo de mulheres para fazer turismo pela primeira vez em Brasília
Assistente social leva grupo de mulheres para fazer turismo pela primeira vez em Brasília
Pacientes em situação de vulnerabilidade social da UBS 1 de Águas Claras participaram de atividade de promoção social e mental
Willian Cavalcanti, da Agência Saúde-DF | Edição: Fabyanne Naborfazan
A assistente social Joyce de Oliveira sempre foi apaixonada por viajar. Com 14 anos de carreira na Secretaria de Saúde (SES-DF), ela resolveu também cursar Turismo na Universidade de Brasília (UnB). Durante uma oficina de elaboração de roteiros sociais, ela teve a ideia de juntar as duas atividades: levar mulheres idosas da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Águas Claras para conhecer pontos turísticos da capital federal.
“Como assistente social e futura turismóloga, entendo que a prática do turismo é um fator de promoção social e mental para pacientes em situação de vulnerabilidade social. O turismo faz bem para todos nós”, destaca.
Conhecida como Clínica da Família do Areal, a UBS 1 possui um grupo de convivência em que a maioria das participantes são mulheres e idosas. “A maior parte delas mora no Areal, mas nunca conheceu de verdade os monumentos. A capital é Patrimônio Cultural da Humanidade. Moramos numa cidade jovem e moderna”, conta empolgada.

Experiência cultural
Com a viagem agendada desde novembro do ano passado, a ansiedade foi só aumentando até a chegada do grande dia, em 5 de fevereiro. “Desde o caminho de vinda do Areal até a Esplanada dos Ministérios, a gente teve uma aula sobre a história de Brasília com duas guias turísticas do Sesc. Foi muito interessante e informativo”, explica Joyce Oliveira.
A equipe do Sesc conduziu o grupo por um passeio cultural que destacou a qualidade de vida e integração dos espaços urbanos com a arquitetura e o cotidiano, o paisagismo, a arte e a cultura da capital brasileira. Primeiro, a turma visitou a Catedral Metropolitana de Brasília, concebida por Oscar Niemeyer. “A gente conheceu todas as partes e a história da catedral”, lembra.
A dona de casa Maria Edna, que participa do grupo de convivência da UBS, não escondeu a satisfação. “O passeio foi maravilhoso. Aprendemos muito com as palestras. Só de sair de casa já é um alívio para a cabeça”, relata a idosa de 76 anos.
Depois, foram até a Praça dos Três Poderes, onde lancharam e visitaram o Espaço Lúcio Costa, que fica no subsolo e possui uma enorme maquete do Plano Piloto. A praça também sedia o Museu da Cidade, o Panteão da Pátria e a Casa de Chá, que funciona com um Centro de Atendimento ao Turismo. Os locais apresentam a história da capital do país, a construção e uma homenagem àqueles considerados heróis da nação.
“Sou filha de Brasília, mas não conhecia a maioria dos monumentos. O mais interessante foi conhecer a história da Praça dos Três Poderes. Volto para casa com a alegria de ter vivido um dia muito feliz”, relata a artesã Carla Cristina Brito.
Por último, as pacientes visitaram a Torre de TV de Brasília, que possui 230 metros de altura. O mirante, a 75 metros do chão, oferece vista panorâmica das Asas Sul e Norte e dos monumentos do Eixo Monumental, emoldurados pelo Lago Paranoá. Do alto, elas puderam contemplar também a fonte luminosa e a Feira da Torre, que oferece aos visitantes o melhor do artesanato local.
A dona de casa Andreane Rodrigues também ressaltou a alegria de finalmente visitar os principais pontos de Brasília. “Foi a primeira vez que fui ao Espaço Lúcio Costa e à Torre de TV. É muito gostoso ver a nossa cidade assim do alto”, disse.
Algumas amigas relataram a vontade de conhecer outros pontos da cidade, como o Estádio Mané Garrincha. Por isso, Joyce pretende promover novas atividades a partir de março. “Espero que essa seja a primeira de muitas atividades”, conclui a assistente social.
