21/05/2013 às 20h17

Atendimento a pacientes com lábio leporino é unificado no HRAN

Consultas com vários especialistas no mesmo dia


Pacientes com fissura labiopalatal agora contam com assistência de especialistas no Serviço Multidisciplinar de Tratamento de Fissuras Labiopalatais, inaugurado nessa terça-feira (21), pelo governador Agnelo Queiroz, no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

“A cada dia este hospital se firma com a oferta de serviços de excelência”, disse o governador ao destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento rápido do lábio leporino (fissura labial), que deve começar já nos primeiros meses de vida.

No novo serviço o paciente contará com consultas simultâneas, em um mesmo dia, com uma equipe de cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas, pediatra, nutricionista, psicóloga, enfermeira, ortodontistas, dentistas e assistente social.

As avaliações médicas serão realizadas às segundas-feiras, das 14h ás 18h enquanto as cirurgias serão às quartas-feiras, das 7h às 19h.

Há 20 anos o HRAN oferecia atendimento informal aos pacientes com fissuras labiopalatais e em março deste anos o serviço foi criado oficialmente. “Esta criação oficial nos possibilita realizar o trabalho de maneira integrada, o que facilita a vida do paciente”, afirma o cirurgião plástico Marconi Delmiro, coordenador do serviço.

No ano passado 200 crianças foram operadas e a meta para este ano é chegar a 300 cirurgias. De janeiro a maio 60 crianças foram operadas e continuam em tratamento. Semanalmente, de 30 a 35 crianças são atendidas no Ambulatório do HRAN.

“O dia de hoje marca mais uma etapa importante. Desde que assumimos a Secretaria, em 2011, vários pacientes de nossa cidade precisavam procurar o serviço fora do DF, a um custo altíssimo”, ressaltou o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.

De acordo com o cirurgião plástico Marconi Delmiro, anualmente, no Brasil, nascem mais de quatro mil crianças portadoras de má formação congênita craniofacial, em que a fissura labiopalatal é a anomalia mais frequente. “Infelizmente pouco mais da metade consegue ser operada no momento adequado. Há anos buscamos minimizar a dor e o sofrimento dessas crianças, procurando oferecer uma melhor qualidade de vida”. Segundo o especialista, a incidência de fissuras labiopalatais está aumentando lentamente e uma das causas é o uso de drogas.