Atendimento ao público LGBTQIA+ está garantido na rede pública de saúde
Atendimento ao público LGBTQIA+ está garantido na rede pública de saúde
Nenhum ambulatório será fechado e a intenção é expandir os serviços para esse público
Serviço que funciona no Hmib continuará funcionando normalmente - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF
O público LGBTQIA+ pode continuar contando com o ambulatório que funciona dentro do Hospital Materno Infantil Dr. Antônio Lisboa (Hmib). A Secretaria de Saúde esclarece que o local não será fechado e continuará normalmente com os atendimentos à população.
O local atende o público LGBTQIA+ com neurodiversidades, ou seja, dispraxia, dislexia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), autismo, síndrome de Tourette, entre outras. Além disso, atende no âmbito da psiquiatria, psicologia e comportamental. São pacientes encaminhados pelas regiões de saúde ou pelo Ambulatório Trans.
“A nossa intenção é ampliar o atendimento para este público em todos os níveis de atenção e em todas as regiões de saúde. Há a necessidade de fortalecimento do serviço existente, especialmente, em termos de recursos humanos. Ressaltamos que estamos em processo de construção da Linha de Cuidado para a população LGBTQIA+, bem como, regulação do acesso ao serviço”, explica a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Marina da Silveira.
A Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde vai normatizar e regulamentar o atendimento desse ambulatório, que hoje é feito no Hmib, para que um maior número de pessoas possa ser atendida e tenha acesso ampliado aos serviços ambulatoriais.
De acordo com Marina, a Secretaria de Saúde possui um grupo de trabalho em andamento para a formulação da linha de cuidado ao público LGBTQIA+, que tem como proposta a identificação e organização de todos os serviços da Pasta que participam do cuidado a esse público.
“Entre os esforços estão a organização dos serviços já existentes, implementação da regulação de consultas ambulatoriais, qualificação das equipes para atendimento humanizado e gerenciamento de recursos humanos”, adianta Marina.
Segundo a subsecretária, todos os serviços da Rede de Atenção Psicossocial devem acolher pessoas LGBTQIA+, resguardados os públicos específicos aos quais se destinam os atendimentos de unidades de referência, tais como os Centros de Atenção Psicossocial infanto-juvenil (CAPS i), destinados ao atendimento de crianças e adolescentes (inclusos adolescentes LGBTQIA+) e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS AD) voltados ao atendimento de usuários de álcool e drogas (incluídos os dependentes químicos LGBTQIA+).
“Para além dos serviços gerais da Rede de Atenção Psicossocial, dispomos do Ambulatório Trans, localizado no Hospital Dia (508/509 Sul), sendo um centro especializado e em processo de habilitação, com atendimento multiprofissional de referência ao atendimento ambulatorial a este público", afirma.
Ambulatório Trans
Localizado no Hospital Dia, na 508/509 Sul, o Ambulatório Trans presta atendimento à população trans do DF, desde agosto de 2017, em suas necessidades específicas e ainda funciona como referência para que estudantes, estagiários e profissionais de saúde possam conhecer a realidade do segmento.
A unidade funciona de segunda a sexta-feira, oferece atendimento multidisciplinar, sua equipe é composta por psicólogos, assistente social, endocrinologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional e enfermagem.