Base de dados unificada agiliza socorro a vítimas de traumas
Base de dados unificada agiliza socorro a vítimas de traumas
Projeto lançado, nesta segunda-feira (4), traz para o DF parceria do Ministério da Saúde e do Hospital Israelita Albert Einstein
JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF | EDIÇÃO: MARGARETH LOURENÇO | REVISÃO: JULIANA SAMPAIO
Nesta segunda-feira (3), ocorreu o lançamento do Projeto Dados Rápidos e Integrados: Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade (Trauma). A iniciativa é do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Secretaria de Saúde.
O objetivo do projeto é criar uma base de dados integrada para ser compartilhada entre assistências prestadas do Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Detran. Isso facilitará o acesso a informações sobre pacientes, com mais subsídios para o atendimento e melhor gestão. Essa base de dados unificada será atualizada instantaneamente.
Durante a cerimônia, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, destacou a importância da reunião de informações dos serviços que prestam atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência.
“Queremos e precisamos integrar todos os sistemas para dar respostas mais rápidas e melhorar o atendimento à população. Não podemos mandar todos os pacientes vítimas de trauma para o Hospital de Base, tem que ser feita uma melhor distribuição do serviço. Esse é um momento que me deixa muito contente, porque através de dados bem consolidados, prestaremos melhor assistência”, afirmou.
O projeto Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade (Trauma) propõe estruturar as informações entre registros de vítimas de causas externas atendidas por serviços de urgência e emergência que podem evoluir para internação ou óbito. Os registros contêm informações qualificadas e oportunas sobre lesões por violências e acidentes, que servem de apoio para o atendimento e a gestão. Isso permitirá melhorar a assistência e embasar políticas públicas.
Desafio
O Hospital Israelita Albert Einstein é a instituição que vai desenvolver o projeto no Distrito Federal. “Hoje, o que vemos em todo o Brasil são diversos sistemas diferentes, que não se falam e que acabam atrapalhando na hora de fazer a integração de dados. Nosso desafio é ter o histórico de atendimento do paciente na rede pública através do CPF”, explicou Bruno Zoca, epidemiologista e representante do Einstein.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, assegurou que o projeto fará uma grande diferença na ponta do SUS. “Ter dados limpos e de maneira ágil nos dará a oportunidade de compor indicadores, recontar a história de pacientes e fazer diferença na saúde pública do Brasil”, disse o gestor.
O evento ainda contou com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSPDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério da Saúde.