Campanha Contra o Aedes foca locais de trabalho
Campanha Contra o Aedes foca locais de trabalho

No DF prioridade serão os órgãos públicos e monumentos
BRASÍLIA (02/12/16) – O enfretamento ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya ganhou força no Distrito Federal, nesta sexta-feira (2), com a adesão do Governo de Brasília à Campanha Nacional de Mobilização Contra o Aedes Aegypti. A capital recebeu dois veículos do governo federal. Eles serão usados para transportar os agentes de vigilância ambiental, que intensificarão os trabalhos a partir de hoje com a inspeção de 62 prédios públicos, localizados em toda a extensão do Eixo Monumental.
Entre os monumentos estão os ministérios, Congresso Nacional, Palácio do Buriti e Tribunal de Contas da União. O trabalho de vistoria em estruturas públicas será rotineiro e passará a ocorrer durante todas as sextas-feiras. Para hoje, também está prevista a realização de palestras e inspeção em 40 escolas públicas e ações de educação no Metrô.
A campanha, que tem o mote "Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar" ocorre em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, Exército, Secretaria das Cidades, Secretaria de Educação, Administrações Regionais e Subsecretaria de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde.
"Realizamos mais de 2,3 milhões visitas a domicílios apenas em 2016. Verificamos que a infestação no DF não está primordialmente nas residências. Constatamos que a população mais atingida é a economicamente ativa e os espaços públicos e prédios podem estar abrigando os focos", ressaltou o secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, durante o lançamento das ações, em frente à Biblioteca Nacional.
De acordo com os dados, 55,5% dos casos de dengue são registrados nos moradores entre 20 a 49 anos. "Essa é a maior epidemia da história do Distrito Federal e do Brasil. Nós tivemos uma antecipação dos casos em 2016, que começaram a aumentar em fevereiro. Geralmente, o pico ocorre em março ou em abril", complementou o secretário de Saúde.
Representando o ministro da Saúde, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Loureiro Cavalcante, destacou a importância da contribuição da população ao entregar as chaves dos dois carros ao Humberto Fonseca. "Esse evento mostra a capacidade que o Brasil tem de unir força no sentido de combater um inimigo, um vetor que transmite diversas doenças que atingem a população. A população já demostrou que sabe como combater o mosquito, que é a melhor forma de prevenir a doença", disse.
Humberto Fonseca lembrou que, neste ano, foi realizado um trabalho muito consistente no combate ao vetor, educação da população, retirada de entulho e aplicação de inseticidas.
"Estamos bem abastecidos com reagentes para testes de zika, chikungunya e dengue. Acreditamos que tanto na assistência, quanto na vigilância, teremos um bom trabalho no final de 2016 e início de 2017", disse Humberto, ao pedir que a população abra as portas para que os agentes façam o monitoramento e forneçam orientações.
BALANÇO – Em 2016, foram registrados 17.597 casos de dengue, sendo que deste total 55,5% ocorreu na população economicamente ativa de 20 a 49 anos. O valor representa um aumento de 86% em relação a 2015.
CAMPANHA NACIONAL - A nova campanha do Ministério da Saúde alerta sobre as consequências das doenças causadas pela dengue, zika e chikungunya. A campanha será veiculada na TV, Rádio, Internet, redes sociais, pontos de ônibus e outdoor e permanecerá até 23 de dezembro. Ao todo, foram investidos R$8,1 milhões para aquisição de 150 carros que serão distribuídos a todos os estados do país para auxiliar no combate ao mosquito.
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