Campanha de prevenção de DSTs/Aids no Carnaval
Campanha de prevenção de DSTs/Aids no Carnaval

Alerta para importância do uso da camisinha
“Ressaca tem cura, Aids não. Sexo só com camisinha” é o slogan da campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) para o carnaval 2013, lançada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) nessa sexta-feira (01). O objetivo das ações é o de prevenir e orientar a população sobre os riscos de contrair essas doenças durante as festividades.
As ações serão trabalhadas em dois momentos distintos: durante o carnaval, a prevenção é o principal foco e o uso responsável do preservativo, mais uma vez, é a principal recomendação. Após as festas, o incentivo à testagem para HIV, Sífilis e Hepatites Virais (B e C) passa a ser o centro as ações, como conta a subsecretária de Vigilância à Saúde, Marília Coelho Cunha.
“Sabemos que a AIDS é uma doença que não tem cura. Então, independente do parceiro sexual, é preciso usar camisinha sempre. Este é o principal alerta durante o carnaval. Outra recomendação é para que as pessoas tenham consciência da importância de se ter o diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, mesmo que elas não tenham feito sexo sem proteção”.
Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que no Brasil cerca de 200 mil pessoas vivem com o HIV e não sabem. Outro dado importante é que a maior causa de mortalidade por AIDS é o diagnóstico tardio, ou seja, as pessoas descobrem a infecção pelo HIV quando já estão doentes, o que dificulta o restabelecimento pleno das funções de seu organismo.
Público-alvo
Para o carnaval deste ano, a Secretaria de Saúde preparou um material informativo com as principais orientações aos foliões. A distribuição será feita no sambódromo, em blocos de rua, bares e clubes da cidade onde haverá uma grande concentração de pessoas. Também serão entregues preservativos nestes locais e em todas as Unidades de Saúde do DF.
A campanha tem foco em todos os públicos, mas é reforçada aos segmentos populacionais mais vulneráveis (usuários de drogas, profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens), onde há uma maior prevalência e concentração da doença. No DF, a categoria de exposição homo/bissexual caracteriza de forma mais importante a dinâmica da epidemia entre os homens, com expressão relevante em todas as faixas etárias, em especial entre os adolescentes.
Aids
Segundo o boletim epidemiológico de Aids do Ministério da Saúde, divulgado em dezembro de 2012, o Distrito Federal ocupa a 25ª lugar dentre as capitais brasileiras, com um coeficiente de incidência média de 16 casos por 100 mil habitantes. Em 2011, a incidência foi de 18,1 casos por 100 mil habitantes. Embora se observe uma tendência de estabilização da detecção dos casos, é possível afirmar que o DF encontra-se entre as localidades brasileiras com alta incidência da doença.
Os homens continuam sendo os mais afetados pela epidemia. A cada 25 casos em homens, é possível identificar 10 casos em mulheres. O número de crianças que adquiriu o HIV por transmissão vertical segue em queda no DF desde 1997, quando se iniciou a disponibilidade da quimioprofilaxia da transmissão do HIV durante a gestação e parto, tendo registrado 7 casos em 2003 e 1 em 2012. Em relação à taxa de mortalidade, o boletim epidemiológico também sinaliza queda. No ano passado, 79 pessoas vieram a óbito por Aids, 38 a menos do que em 2011 (117).
Hugo Mendes