18/05/2018 às 15h08

Centro toxicológico esclarece sobre lagartas encontradas no DF

Contato com Lonomia obliqua pode produzir acidente hemorrágico. Foto: Matheus OliveiraLonomia obliquaLonomiaVeneno da Lonomia pode causar sintomas urticantes e hemorrágicos - Foto: Matheus OliveiraLonomiaLonomia

LONOMIA OBLIQUA – A lagarta denominada pertence a um gênero de lagarta espinhosa. O contato com suas cerdas pode produzir um acidente hemorrágico sistêmico e, às vezes, fatal.   Este gênero de lagartas, também da família Saturniidae, é encontrado com mais frequência no sul do país: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.   Nas últimas duas semanas no Distrito Federal ocorreram dois casos de contato de seres humanos com este gênero de lagarta. O veneno da pode causar sintomas urticantes e hemorrágicos.   Os principais sinais e sintomas são: Os acidentes com a lagarta , são classificados como:   Leve: presença de sintomas locais como dor em queimação e bolhas; exames de coagulação normais; ausência de sangramento. O tratamento é basicamente sintomático. Observar por até 72 h.   Moderado: sintomas locais presentes ou não, exames de coagulação prolongados ou incoaguláveis, com ou sem sangramento (gengivorragia, equimose). O tratamento é sintomático e específico com cinco ampolas de soro antilonômico.   Grave: presença ou não de sintomas locais, exames de coagulação prolongados ou incoaguláveis, manifestações hemorrágicas em vísceras (hematêmese, sangramento pulmonar, hemorragia intracraniana) e/ou com alterações hemodinâmicas. O tratamento é sintomático, de suporte e específico com 10 ampolas de soro antilonômico.   CLASSIFICAÇÃO – Os acidentes podem necessitar de reclassificação em até 72 horas, caso mudem os sinais e sintomas do paciente.   Na maioria das vezes, o caso moderado e grave que necessitam o uso do soro antilonômico já são classificados no primeiro atendimento após a realização dos exames laboratoriais: Tempo de coagulação (TC) - Tempo de protrombina (TP) - Tempo de tromboplastina Parcial Ativada (TTPA), com seus resultados alterados.   Acidentes moderados e graves, deverão ser reavaliados com a realização de exames 24 horas após o tratamento com o soro antilonômico, com nova coleta de sangue para análise de TC, TP, TTPA; hemograma e plaquetas; uréia, creatinina e urina EAS. A alta hospitalar só é recomendada com o resultado do exame TAP > 50% e função renal normal.   A liberação do paciente após atendimento por contato com a deve ocorrer após 12 horas de observação, sendo realizados exames em 6 horas e 12 horas após o acidente, nos acidentes leves onde não haja sangramentos.   Caso na reavaliação tenha algum dos exames alterados o uso do soro antilonômico estará indicado. O soro antilonômico está disponível em todos os hospitais da rede pública da SES-DF.   CONTATO – Em caso de acidente com lagartas, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Distrito Federal (Ciatox/Samu) poderá ser acionado nos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001.   Os contatos funcionam 24 horas por dia com profissionais de saúde capacitados para prestar o suporte necessário aos casos.   Da Agência Saúde, com informações do Ciatox-DF