18/09/2019 às 12h38

Depressão infantil e fatores de risco são tema de capacitação

Atividade integra a programação do Compp no Setembro AmareloPatrícia Kavamoto, da Agência SaúdeFoto: Divulgação/Saúde-DF

 

A depressão infantil e seus principais fatores de risco foram objeto de atualização e capacitação conjunta, durante evento realizado nesta terça-feira (17) pelo Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), com o apoio da Diretoria de Atenção Secundária da Região de Saúde Central (Dirase).

 

A iniciativa faz parte da programação do Compp na campanha nacional do Setembro Amarelo, destinada à valorização da vida e à prevenção ao suicídio. “Aproveitamos o mês e o tema para traçar o matriciamento na Atenção Primária, bem como estimular uma discussão com a Secundária, no que se refere ao cuidado integral do paciente de saúde mental”, comentou a diretora de Atenção Secundária da Região de Saúde Central, Inez Ortega.

 

O Compp é um serviço de Atenção Secundária, especializado em saúde mental infantil. “Pensamos em desenvolver um trabalho com a Atenção Primária para que pudéssemos discutir os saberes de cada uma dessas redes de atenção, em termos teóricos e práticos. E, a partir daí, identificar as nossas dificuldades, a fim de estabelecer estratégias em conjunto”, revelou a gerente da unidade, a psiquiatra Lilian Lordelo.

 

O público-alvo da atualização foram os servidores do Compp e das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que integram a Região de Saúde Central. Dentre os 26 participantes, está a psicóloga que compõe o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) da UBS 1 da Asa Sul, Fernanda Jota. Segundo ela, “é fundamental termos esse tipo de curso, pois se a rede não estiver funcionando de forma adequada, não conseguiremos dar os encaminhamentos necessários, principalmente em casos de saúde mental. Diálogos como esses permitem aos pacientes se movimentarem na rede de forma terapêutica e eficiente”, afirmou.

 

A psiquiatra do Compp, Ana Lúcia Paiva Abrão, conduziu a capacitação e enfatizou a importância da comunicação entre os servidores da Atenção Primária e os da Secundária para dar fluidez aos atendimentos a crianças e adolescentes. “A escolha foi desenvolver uma dinâmica em metodologia ativa, dividindo a turma em grupos, a fim de reforçar a ideia de que todos temos um saber prévio e esses conhecimentos se agregam”, explicou.