13/12/2017 às 16h04

DF inaugura primeiro Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão

Unidade atende, em média, 1,3 mil pacientes por mês

BRASÍLIA (13/12/17) – O primeiro Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) do Distrito Federal foi inaugurado oficialmente nesta quarta-feira (13). Abrigado no prédio do antigo Centro de Saúde 12 da Asa Norte, o serviço conta com profissionais especializados para oferecer assistência a pacientes com essas três patologias crônicas e metabólicas de difícil tratamento e que necessitam de assistência multiprofissional.

"Esse centro representa a concretização de um sonho de 20 anos dos profissionais de saúde para atender as pessoas que sofrem de diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Essas pessoas serão encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde para receber orientação e tratamento adequados", destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, acompanhado do secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, e de outras autoridades durante a cerimônia de descerramento da placa de inauguração.

Durante a solenidade, o governador lembrou que o DF saiu dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, hoje, será votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que possibilitará a nomeação de novos profissionais. Segundo ele, será possível chamar de imediato 170 novos médicos, sendo 55 da família e o restante clínicos médicos.

"Também já solicitei ao secretário de Saúde para encaminhar a necessidade [de profissionais] para reabrir leitos gerais e de UTI. Essa é a prioridade para o primeiro semestre do ano que vem", ressaltou o governador.

Rollemberg destacou as grandes ações previstas, em 2018, para a área de saúde. Uma delas é o funcionamento do Instituto Base – definido pelo chefe do Executivo como "um modelo inovador que vai contribuir para dar mais agilidade às compras e contratações." O governador citou ainda a conclusão das obras do segundo bloco do Hospital da Criança que terá 202 leitos - 28 deles de UTI pediátrica.

"Sabemos que na saúde estão nossos grandes desafios, mas com a ampliação da cobertura da atenção primária, criação de centros especializados, contratação de novos profissionais, funcionamento do Instituto Base e inauguração do Hospital da Criança, vamos viver em 2018 um ano muito melhor", disse.

O secretário Humberto Fonseca enfatizou que os serviços da Secretaria de Saúde estão sendo reorganizados tanto para aumentar o acesso da população, quanto para melhorar a qualidade dos atendimentos. "Estamos organizando os nossos níveis de atenção, colocando a atenção primária como ordenadora da rede. Sabemos que esse nível de atenção é bastante resolutivo e, por isso, abarca a maior parte das demandas", finalizou.

A gerente do Cedoh, Eliziane Leite, informou que a idéia é ampliar o número de atendimentos para aproximadamente 3,5 mil por mês. "Nossa foco também é trabalhar com educação para aumentar a aderência ao tratamento dessas doenças, que envolve o uso de múltiplos medicamentos e tratamentos mais complexos", complementou.

CEDOHO Cedoh iniciou suas atividades em agosto passado. Atende 1,3 mil pacientes por mês – de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 18h. A equipe multiprofissional é composta por médicos (clínicos, endocrinologistas e nefrologistas), enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e assistente social.


O serviços são oferecidos para pessoas com obesidade grau 2 ou 3, diabetes tipo 1 e 2, quando estratificados pelos médicos da atenção primária em risco para complicações, e pessoas com hipertensão também classificadas como alto risco.

O Cedoh realiza atividades ambulatoriais individuais e de terapia em grupo; programas de educação; curativos de pequeno e médio portes em extremidades e reabilitação em pacientes amputados. Também fornece orientações para prática de atividade física, de controle do ambiente, de maior aderência aos complexos tratamentos, além de avaliação cognitiva e atividades lúdicas, entre outras.

Outro atendimento oferecido é o uso do sistema de infusão contínuo de insulina, conhecido como bomba de insulina. "Esse é um serviço oferecido para uma pequena parcela da população para pessoas com diabetes tipo 1 que precisam dessa tecnologia para uma condição básica de sobrevivência", explicou Eliziane.

Os pacientes que eram atendidos no Centro de Saúde 12 foram redistribuídos para as Unidades Básicas de Saúde 1 e 3, localizadas na 905 Norte e 114/115 Norte, respectivamente. "Hoje somos essa referência nas regiões de Saúde Centro-Norte [Asa Norte, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte e Varjão] Centro- Sul [Asa Sul, Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II, Park Way e Lago Sul]", concluiu.

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