Dia D de combate à dengue reforça ações no Recanto das Emas
Dia D de combate à dengue reforça ações no Recanto das Emas
Acolhimento à população e prevenção contra o Aedes aegypti foram intensificados. Secretária de Saúde anunciou novas medidas
Humberto Leite e Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Willian Cavalcanti
A população do Recanto das Emas contou neste sábado (27) com um reforço no combate à dengue. O Dia D contra a doença levou para as ruas da região administrativa 80 agentes comunitários de saúde e de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que contaram com o reforço de militares do Corpo de Bombeiros. Seis carros do “fumacê” também percorreram a área. Quem apresentava sintomas da doença contou com a Unidade Móvel de Atendimento Itinerante da Defensoria Pública, transformada em um ponto de acolhimento de pacientes. O veículo ficou estacionado no CEU das Artes do Recanto.
“Para nós, é um dia muito importante, estar perto da população é muito bom”, afirmou o governador Ibaneis Rocha, que visitou as ações da SES-DF no local. Ele destacou a importância das medidas tomadas para ampliar o combate à doença e convocou os moradores da área a se engajarem nas ações para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. “É uma questão cultural. Nós temos que ter a limpeza dentro das casas, temos que ter a observância dos locais abandonados”, completou.

Margarete Alves, de 32 anos, moradora do Recanto das Emas, diz ser “chata” com os cuidados contra a dengue, mas acabou comparecendo à ação no CEU das Artes porque apresentou sintomas da doença, como febre alta e manchas no corpo. “A gente tem que se cuidar. Vou fazer o teste para tirar a dúvida”, relata. Quem apresentasse sinais mais graves contava com um local de hidratação no próprio CEU das Artes e, caso necessário, ambulâncias do Corpo de Bombeiros estavam preparadas para fazer remoções a hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
A manicure Sônia Maria dos Santos, 58, aproveitou a ocasião para fazer o teste da dengue. “Nos últimos três dias, tenho sentido dor de cabeça, dor muscular e um gosto amargo na boca. Já realizei o teste, o atendimento foi ágil e agora estou aguardando o resultado”, conta.
Outros serviços da SES-DF também foram ofertados, como conscientização de higiene bucal, vacinação humana e vacinação antirrábica para cães e gatos. As ações fizeram parte da 18º edição do evento “GDF Mais Perto do Cidadão”, promovido pela Secretaria de Justiça, que reúne uma série de serviços.

Reforço contra a dengue
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, aproveitou para destacar os esforços do Governo do Distrito Federal no combate à doença, com a aceleração de processos administrativos graças ao decreto de emergência em saúde pública. “Nós estamos dando a resposta no momento certo, na hora certa. Não chegamos antecipados nem atrasados. Chegamos diante da necessidade”, garantiu.
Neste sábado (27), mais três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) passaram a atender aos sábados e domingos, das 7h às 19h, totalizando oito com atendimento estendido. Na segunda-feira (29), começa o treinamento de 300 militares do Exército Brasileiro que vão atuar tanto nas visitas domiciliares, quando há ações educativas e de combate a eventuais pontos de multiplicação do mosquito, quanto nos carros de aplicação do “fumacê”.

A gestora comentou ainda sobre a aquisição de mais veículos e convocação de futuros servidores públicos já aprovados em concursos. As Forças Armadas também vão reforçar as ações com duas ambulâncias e empréstimo de “camas de campanha” para as tendas de atendimento montadas junto a nove administrações de regiões administrativas.
Lucilene Florêncio destacou ainda o trabalho em parceria com os demais órgãos do GDF. “O nosso governador determina que todas as secretarias estejam envolvidas e totalmente focadas nessa emergência de saúde pública”, diz. Por fim, a gestora lembrou que todas as ações tomadas são previamente planejadas com base no avanço do número de casos. Com ativação, reforço ou desativação de serviços conforme a necessidade. “Tudo isso é embasado em dados científicos, dados de notificações. Não são achismos. Estamos trabalhando com vigilância epidemiológica”, finalizou.