12/06/2020 às 09h00

Dia dos Namorados: comemore prevenindo-se das infecções sexualmente transmissíveis

A regra é usar camisinha e proteger a pessoa amada das ISTs

JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE

  NÚMEROS - Segundo os dados da Secretaria de Saúde, foram registrados, em 2019, 1.071 casos novos de HIV e AIDS no Distrito Federal. Verificou-se aumento significativo, de 2018 para 2019, nas faixas de 50 a 59 anos (29%), de 40 a 49 anos (13%) e de 20 a 29 anos (10%).   Também houve um crescimento de casos na faixa de 15 a 19 anos, que em 2015 representava 3,9% do total de casos daquele ano e em 2019 passou a representar 11,6% dos casos. Em todos anos há predomínio de casos masculinos em relação aos femininos.   A sífilis também se mostra em níveis preocupantes. Em 2019, foram cerca de 2.163 casos novos de sífilis, mostrando um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. As faixas etárias com maior número de casos são as de 20 a 29 anos (37,9%) e de 30 a 39 anos (23,8%). Ainda, há de se considerar a importância da abordagem e prevenção das outras IST, tais como as hepatites virais (B e C), HTLV, gonorreia, condiloma e o HPV (principal causa do câncer de colo de útero). Vale lembrar que há vacina disponível para prevenção da hepatite B nos serviços públicos de saúde.   TRANSMISSÃO - As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada.   “O controle das IST não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde”, observa Beatriz.   Segundo a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, as parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada.  Além disso, é possível fazer a Profilaxia Pós Exposição (PEP), que deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus.   O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível nas emergências dos hospitais regionais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).