Dia Mundial de Luta Contra a Osteoporose
Dia Mundial de Luta Contra a Osteoporose

SES tem programa especial para tratar a doença
O Dia Mundial de Luta contra Osteoporose, 20 de outubro, será lembrado pela Secretaria de Saúde. Uma programação focada na prevenção da doença com muita atividade física e informações sobre nutrição será realizada no Ginásio Nilson Nelson, a partir das 9h. Haverá apresentações de dança sênior, tai chi chuan, bombeiro mirim, bombeiro amigo, capoterapia e outras atividades pelo Conselho de Educação Física.
A osteoporose é uma doença crônica causada pela diminuição de cálcio nos ossos, tornando-os enfraquecidos e predispostos a fraturas. Segundo estimativa, há cerca de 10 milhões de pessoas com osteoporose no Brasil. Com o objetivo de diminuir o número de fraturas, reduzir o seu impacto socioeconômico e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas, foi criado em 2003, pela Secretaria de Saúde, o Programa de Prevenção e Diagnóstico da Osteoporose.
De acordo com a coordenadora do programa, a médica reumatologista Helenice Alves Teixeira Gonçalves, existem dois períodos na vida das pessoas nos quais o risco de desenvolver osteoporose é maior: após a menopausa nas mulheres e em ambos os sexos, depois dos 70 anos.
A osteoporose, segundo ela, é um problema de saúde pública no mundo, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia silenciosa do século, ocasionando grandes impactos econômicos e sociais. “Trata-se da enfermidade óssea de maior incidência mundial e a segunda causa de problemas musculoesquelética nos idosos”, diz.
Casos no Brasil
No Brasil apesar de serem poucos os estudos epidemiológicos, a Sociedade Brasileira de Osteoporose estima que existam cerca de 10 milhões de pessoas com osteoporose, sendo cerca de 25% mulheres na pós-menopausa e 15% homens acima de 50 anos. Levantamentos apontam a ocorrência de 1,6 milhão de fraturas por causa da osteoporose por ano: 200 mil do quadril, 600 mil vertebrais e um milhão de punho.
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose.
Entre os principais fatores de risco para osteoporose estão a historia familiar de fratura, raça branca de baixa estatura e peso, sexo feminino, idosos acima de 65 anos de ambos os sexos, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, menopausa precoce, baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, uso de medicamentos (corticoides, heparina, methotexate, fenobarbital, fenitoina, altas doses de hormônio tiroidiano).
Atendimento na rede
Diversos serviços e profissionais da rede pública estão aptos a ajudar os pacientes que sofrem com a doença. A porta de entrada do paciente é a atenção primária (Programa de Estratégia da Saúde da Família e centros de saúde) e agendamento com clínicos ou ginecologistas. Nos Hospitais, os usuários são atendidos por médicos reumatologistas, ortopedistas, endocrinologistas, geriatras e nos ambulatórios de referência quando necessário.
Existem dez ambulatórios de referência em osteoporose nos seguintes locais: Hospital de Base do Distrito Federal (ambulatório de osteoporose); nos hospitais regionais da Asa Sul, Taguatinga, Ceilândia Paranoá, Brazlândia, Santa Maria, na Unidade Mista de Taguatinga, em São Sebastião, no Centro de Saúde 1 de Planaltina e no Centro de Saúde 4 do Núcleo Bandeirante.
Atualmente, o Hospital de Base do Distrito Federal tem 600 pacientes registrados e são atendidos cerca de 24 pacientes por semana. Três serviços da rede pública dispõem de aparelhos de densitometria óssea, usados para o diagnóstico da doença - Hospital de Base, Centro Radiológico de Taguatinga e Hospital Materno Infantil de Brasília. O exame, que é capaz de identificar a quantidade de cálcio presente nos ossos, é agendado pelo Sistema de Regulação da SES (Sisreg). Nos centros de saúde é possível fazer o ultrassom de calcâneo para identificação dos pacientes com fragilidade óssea.
Medicamentos de alto custo são distribuídos pela da Gerência de Medicamentos Excepcionais nas farmácias instaladas no Metrô da 102 Sul e em Ceilândia. Já os remédios de baixo custo indicados para o tratamento são entregues nos centros de saúde.
Como evitar
• Fazer atividades físicas pelo menos três vezes por semana, com orientação de um profissional especializado;
• Pegar sol antes das 10h ou após as 16h por, no mínimo, 15 minutos ao dia, sem filtro solar;
• Consumir alimentos ricos em cálcio;
• Evitar fumo e álcool;
• Evitar café expresso;
• As mulheres, ao chegarem à menopausa, devem procurar orientação médica para iniciarem a prevenção.
Confira a programação
Dia: 20 de outubro
Local: Ginásio Nilson Nelson
09h - Abertura oficial com autoridades do GDF e Ministério da Saúde
9h30 - 10h – aula de tai chi chuan
10h - 10h30 - apresentação Bombeiro Mirim
10h30 – 11 - dança senior
11h – 11h30 - capoterapia
11h30.-12h - apresentação Bombeiro Amigo
Durante todo evento serão feitas atividades físicas pelo Conselho Federal de Educação Física e Gepafi da Universidade de Brasilia, Faculdade de Educação Física e orientações sobre a alimentação direcionada para a osteoporose pelas nutricionistas da SES e Universidade Católica de Brasília.
Celi Gomes