04/02/2021 às 17h39

Dia Mundial do Câncer: rede pública oferece tratamento no Base e HRT

Unidades reúnem linhas de cuidados para pacientes oncológicos*Com informações do Iges-DF

Central de Radioterapia do HRT conta com um acelerador linear de última geração - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

  AGÊNCIA SAÚDE-DF*  

A Rede Pública de Saúde do Distrito Federal oferece tratamento contra o câncer nos hospitais de Base (HB) e Regional de Taguatinga (HRT). O HRT conta com um aparelho de radioterapia, de última geração, que foi inaugurado em 2020. Esse tratamento também é ofertado no HB e no Hospital Universitário de Brasília (HUB) que tem contrato com a Secretaria de Saúde para ofertar esse tipo de assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde.

 

Dados do Instituto de Gestão Estratégia de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apontam que o Hospital de Base - referência nesse serviço - somou, ao longo de 2020, 2.207 primeiras consultas oncológicas. E, somente em janeiro de 2021, já foram feitas 185 primeiras consultas. Mensalmente, o HB realiza uma média de 1,8 mil consultas oncológicas e mil sessões de quimioterapia.

 

O Hospital de Base oferece uma linha de cuidados para pacientes com câncer. São eles: primeiras consultas; exames para diagnósticos precisos; cirurgias; tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia; e acompanhamento ambulatorial (consultas e exames periódicos). O Base dispõe de 14 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e 10 leitos para hematologia.

  Já o HRT oferece a quimioterapia, radioterapia e consulta em oncologia clínica. A unidade dispõe de uma farmácia de manipulação de quimioterápicos e 15 leitos de enfermaria para internação. São realizadas, em média, 60 consultas de primeira vez e 900 atendimentos por mês na unidade. Além disso, são produzidas cerca de 120 bolsas de quimioterapia por dia no HRT.   Atuam, no ambulatório de oncologia e na ala de internação da especialidade, do Hospital Regional de Taguatinga, 15 médicos oncologistas e 15 enfermeiros.  

Estrutura do HB

 

Pela estrutura de excelência, o Hospital de Base é habilitado no Ministério da Saúde como um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Isso porque a unidade tem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e o tratamento de todos os tipos de câncer.

 

Segundo o cirurgião Bruno Sarmento, chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do HB, esse é o diferencial da unidade. “A missão do Cacon é oferecer a cada paciente um tratamento especializado, multidisciplinar e de alta complexidade.”

 

Ainda de acordo com o especialista, o Hospital de Base é o único da rede pública que consegue realizar “toda a jornada do paciente, reunindo o maior número de especialidades e com grande capacidade de resposta às demandas individuais dos pacientes e do sistema de saúde”.

 

Em comparação às demais unidades hospitalares da rede pública, Bruno Sarmento destaca que elas complementam o atendimento oncológico do DF e costumam tratar tumores mais frequentes e menos complexos.

 

Expectativas para 2021

 

Novas aquisições para a Unidade de Oncologia do Hospital de Base estão previstas para este ano. O objetivo é acelerar e aprimorar os atendimentos de pacientes com câncer. “Captaremos recursos para adquirir um novo tomógrafo; um aparelho de ressonância nuclear magnética; e uma câmara gama de medicina nuclear”, exemplifica o superintendente do HB, Lucas Seixas. Ainda segundo ele, são esperadas melhorias nas áreas de radioterapia e patologia.

 

Seixas acrescenta que o Hospital de Base deverá aumentar em 50% o número de cirurgias com a aquisição de 46 leitos de UTI de retaguarda, sendo 28 gerais, 10 de neurocirurgia e 8 de cirurgia cardíaca. Também deverão ser ativadas duas novas salas cirúrgias eletivas. “Hoje há 13 salas e serão 15 salas a partir de abril, funcionando nos três turnos de segunda a sexta, nas manhãs e tardes de sábado nas manhãs de domingo”, diz.

 

O superintendente ressalta que a capela de exaustão da Farmácia de Manipulação de Quimioterápicos do HB está pronta e que só aguarda a liberação da Vigilância Sanitária do Distrito Federal. “Esse espaço vai possibilitar o aumento da oferta das sessões de quimioterapia”, informa.