23/06/2025 às 14h46

Dia nacional contra a asma: Saúde investe mais de R$ 6 milhões em medicamentos de alto custo

São quase 1,3 mil usuários beneficiados com medicamentos como Mepolizumabe, Omalizumabe, Formoterol+Budesonida, Formoterol + Budesonida e Formoterol

Michele Horovits, da Agência Saúde-DF | Edição: Natalia Moura

No Dia Nacional de Combate à Asma, lembrado neste sábado (21), a Secretaria de Saúde (SES-DF) destinou mais de R$ 6,4 milhões à aquisição de medicamentos para tratamento da doença. Os fármacos são ofertados gratuitamente nas Farmácias de Alto Custo do Distrito Federal, mediante avaliação médica e critérios clínicos estabelecidos pelos protocolos nacionais.
 

Mais de 1.280 pacientes beneficiados em 2025 com medicamentos como Mepolizumabe, Omalizumabe, Formoterol+Budesonida, Formoterol + Budesonida e Formoterol. Foto: Sandro Araujo / Agencia Saude-DF.

“A asma é uma doença crônica, inflamatória, que pode afetar significativamente a qualidade de vida se não for adequadamente controlada. Felizmente, temos na rede pública um arsenal terapêutico eficaz para diferentes perfis de pacientes”, destaca a referência técnica distrital (RTD) de asma na SES-DF, Andréa Martha Rodrigues.

O usuário deve buscar o remédio indicado na Relação de Medicamentos (Reme-DF). Alguns dos já fornecidos pela rede pública são: Mepolizumabe, Omalizumabe, Formoterol + Budesonida 12mcg + 400mg, Formoterol + Budesonida 6mcg + 200mg e Formoterol 12mcg. Esses tratamentos foram destinados a quase 1,3 mil pacientes somente neste ano.

Os medicamentos biológicos, como o Mepolizumabe e o Omalizumabe, são voltados especialmente para casos graves, resistentes ao tratamento convencional. “Esses fármacos atuam diretamente nos mecanismos inflamatórios da asma grave, reduzindo exacerbações e permitindo diminuir ou até eliminar o uso contínuo de corticosteroides orais, que trazem riscos importantes como osteoporose, diabetes, hipertensão e catarata”, explica a especialista.

Tratamento individualizado

Cada paciente deve ser, segundo a pneumologista, avaliado de forma individual. Rodrigues explica que as formas alérgicas e eosinofílicas são as mais comuns e predominam em faixas etárias mais jovens, sendo essencial identificar fatores desencadeantes como ácaros, fumaça, produtos químicos, estresse, entre outros. 

“O investimento em tratamentos modernos reflete nosso compromisso com a saúde pública e com a autonomia dos pacientes asmáticos, que podem manter suas rotinas com mais segurança e qualidade de vida”, afirma o gerente do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, Ricardo Marcelino.