17/11/2023 às 18h59

Emoção marca reencontro entre paciente e equipe do Samu que salvou sua vida

Jeyder Gomes sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio e, em seguida, duas paradas cardiorrespiratórias

Jurana Lopes, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura

Ter a vida salva por alguém é, por si só, gratificante. Esse fio que liga a história do professor e motorista Jeyder Gomes, 42, à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) foi o motivo de um reencontro comovente nesta sexta-feira (17). “Estou emocionado demais de poder agradecer, pois foi graças ao trabalho, ao profissionalismo, aos procedimentos corretos e à dedicação dessa equipe que estou aqui hoje, com vida.”

Jeyder Gomes sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio e, em seguida, teve três paradas cardiorrespiratórias. Ao todo, foram 18 minutos sem respirar e 13 dias em coma. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Em 7 de setembro deste ano, o Samu-DF foi acionado para atender uma ocorrência na 409 Norte. Quem ligava era Ana Emília Bahia, 42, namorada de Jeyder. Quando a equipe chegou ao local, ele sofria um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Durante o deslocamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, Jeyder teve uma parada cardiorrespiratória e, imediatamente, os profissionais iniciaram a manobra de ressuscitação cardiopulmonar. Após dois ciclos, o paciente voltou.

Com abraços apertados, Jeyder agradeceu as técnicas de enfermagem Priscila Soggia, Graziene Fujiwara e o condutor Welinson Nunes, responsáveis pelo atendimento.

Rapidez e agilidade da equipe do Samu-DF foi crucial para o desfecho feliz do atendimento de Jeyder. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

O abraço forte de gratidão deixou Wellinson comovido. Segundo ele, em sete anos atuando no Samu-DF, essa foi a primeira vez que recebeu o agradecimento pessoal de um paciente. “É emocionante reencontrar o Jeyder bem, após a situação que ele viveu. Para nós, da equipe, esse gesto é extremamente recompensador, pois é difícil ter um retorno. Fico feliz de ter contribuído com a continuidade da vida de Jeyder”, afirma.

Já para Priscila, técnica de enfermagem do Samu-DF há 14 anos, encontrar o paciente foi tocante. “Este momento representa um trabalho que funciona, baseado em protocolos, em paixão. Tabalhamos com amor, sempre focando na volta do paciente para casa. A presença do Jeyder mostra que tudo o que fizemos deu a ele uma nova chance.”

O reconhecimento do trabalho realizado diariamente é, segundo Graziene, algo que motiva e a enche de orgulho. “Chorei demais ao vê-lo tão bem. Nem sempre nosso trabalho é reconhecido. Saber que o que fazemos possibilita um resultado positivo é o que faz valer”, diz.

O agradecimento do paciente emocionou as técnicas de enfermagem Priscila Soggia e Graziene Fujiwara e o condutor Welinson Nunes, responsáveis por salvar a vida de Jeyder. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Atendimento

Jeyder teve uma terceira parada dentro do Hospital de Base e a piora do quadro clínico. Ele seguiu para uma cirurgia cardíaca de emergência. Contabilizando as três paradas cardiorrespiratórias, foram 18 minutos sem respirar e 13 dias em coma.

Ao todo, desde o chamado ao Samu-DF até o fim da cirurgia, foram 90 minutos. “A rapidez e o preparo de toda a equipe que fez o primeiro socorro foi crucial para o Jeyder conseguir sobreviver. Eu estava super nervosa e o condutor me acalmava o tempo inteiro, sou muito grata a todos eles”, relata Ana Emília.

“Encontros como esse, entre pacientes e equipes, emocionam e enchem o coração de todos de alegria”, celebra a gerente de Atendimento Pré-Hospitalar do Samu-DF, Vanessa Rocha.

“Foi graças ao trabalho, ao profissionalismo, aos procedimentos corretos e à dedicação dessa equipe que estou aqui hoje”, afirma Jeyder Gomes, após abraçar a equipe do Samu que salvou sua vida. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF