30/12/2024 às 14h39

Entrega de órteses, próteses, materiais especiais e cadeiras de rodas tem aumento em 2024

​​​​​​​Secretaria de Saúde confecciona e distribui os equipamentos, que são fornecidos gratuitamente à população. Mais de R$ 15 milhões foram investidos 

Agência Saúde-DF*

O Governo do Distrito Federal (GDF) ampliou a assistência às pessoas com deficiência que precisam de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), além de cadeiras de rodas. Desde o início de 2024 foram mais de 8,7 mil equipamentos, superando a distribuição feita no ano anterior, quando as entregas alcançaram a marca de 5,3 mil itens.

A distribuição é possível por meio do Programa de Concessão de OPM do Sistema Único de Saúde (SUS), destinado a pessoas com deficiência física, sensorial ou intelectual, permanente ou temporária, que necessitam desses dispositivos para promover a reabilitação, a mobilidade e a independência.

O pedido, avaliação e dispensação são feitos pela Secretaria de Saúde (SES-DF), que dispõe de uma oficina ortopédica que confecciona e distribui os insumos. Os equipamentos são produzidos por demanda e sob medida para cada cidadão. Para receber uma tecnologia assistiva, o paciente precisa estar cadastrado em atendimento do SUS e com um encaminhamento gerado por um profissional da rede para o núcleo de avaliação, localizado na Praça do Cidadão, na Estação do Metrô da 114 Sul.

 

Para a secretária de Saúde, a iniciativa vai além da simples entrega de equipamentos, "ela contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida e promove a autonomia dos beneficiados", afirma. Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília


Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, essas entregas refletem o compromisso do GDF com a inclusão e o cuidado com as pessoas com deficiência. "Os mais de R$ 15 milhões investidos demonstram nossa dedicação em oferecer, gratuitamente, equipamentos essenciais para a reabilitação, mobilidade e a independência dos cidadãos", afirma.

De acordo com a fisioterapeuta da SES-DF, Mariane da Silva Ramos, que está à frente do Núcleo de Produção de Órteses e Próteses (Nupop) há cerca de 13 tipos de cadeiras de rodas, incluindo cadeiras de banho, todas acessíveis à população. Os beneficiados recebem, ainda, um ano de garantia e assistência em caso de defeitos de fábrica do produto.  “O profissional de saúde também pode acrescentar algum produto que seja interessante para esse paciente, como a cadeira de banho, inserindo a necessidade na demanda”, reforçou.

A iniciativa vai além da simples entrega de equipamentos, como explica a secretária Lucilene Florêncio, "ela contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida e promove a autonomia dos beneficiados, permitindo que eles realizem atividades cotidianas com mais dignidade e liberdade", explicou.
 

Em 2024, o governo investiu mais de R$ 7 milhões em cadeiras e cerca de R$ 8,7 milhões em OPMs | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Serviço 

Fundada em 2001, a Oficina Ortopédica da SES-DF recebeu o credenciamento do Ministério da Saúde em 2015 e está vinculada ao Centro Especializado de Reabilitação II de Taguatinga (CER II). Ela é composta pelo Nupop e o pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses (NAOPME), ambos subordinados à Gerência de Serviços de Saúde Funcional da SES-DF.

Para a aposentada Francisca Costa de Melo, 68, que cuida do aposentado José Nilson Barbosa, 67, o programa facilita a realização de tarefas que antes eram impedidas pelas limitações de locomoção, como fazer compras juntos. “Antes ele não ia a lugar nenhum, nem saía de casa. Agora, com a nova cadeira, vai até o mercado comigo”, declarou, feliz com a entrega do equipamento ao ex-marido, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisa da cadeira de rodas desde então.
 

Francisca Costa de Melo conta que o programa mudou a sua vida e do marido. “Antes ele não ia a lugar nenhum, nem saía de casa. Agora, com a nova cadeira, vai até o mercado comigo”, afirmou. Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília 

A família também receberá uma cadeira de banho para facilitar a rotina com José Nilson. “É uma bênção ter esse lugar, porque muita gente não tem condição de comprar esse material. O que temos mal dá para comprar o remédio dele, a gente não pode tirar disso para comprar uma cadeira de rodas ou de banho. Então é uma ajuda muito boa mesmo”, acrescentou Francisca.

Inclusão social 

O secretário da Pessoa com Deficiência (SEPD), Flávio Pereira dos Santos, ressalta que o acesso ao programa não depende de renda, atendendo pessoas que necessitam dos itens de alto custo como cadeiras motorizadas, que podem chegar a R$ 12 mil, e próteses, que podem valer R$ 30 mil. Para o gestor, a medida promove cidadania, mobilidade e dignidade, além de contar com parcerias entre as pastas para ampliar seu alcance e conscientizar a população sobre a existência do programa.

“Um dos papéis da Secretaria é levar as pessoas com deficiência a exercer cidadania e direitos dentro das diversas políticas públicas. “É um programa que ano a ano vai ampliando e isso agrega também o processo de inclusão social. Estamos garantindo o direito de ir e vir quando oferecemos uma cadeira de rodas, uma prótese ou algum equipamento de assistência", concluiu. 

* Com informações da Agência Brasília